Saudade
Saudade! Olhar de minha mãe rezando, E o pranto lento deslizando em fio… Saudade! Amor da minha terra… O rio Cantigas de águas claras soluçando. Noites de junho… O caburé com frio, Ao luar, sobre o arvoredo, piando, piando…
Saudade! Olhar de minha mãe rezando, E o pranto lento deslizando em fio… Saudade! Amor da minha terra… O rio Cantigas de águas claras soluçando. Noites de junho… O caburé com frio, Ao luar, sobre o arvoredo, piando, piando…
Sou o tipo acabado do sujeito que não arranja nada nesta vida. Gosto de cinco Marias nesta vida. A primeira tinha uma pinta na cara, eu adorava aquela pinta. Maria do Rosário jurava pela alma da mãe dela
Renato, lá na sala, com aquela voz russiana dele, é uma lua ardendo, intumescendo tudo o que tem vida tudo o que habita ou visita a casa, exceto quem teve os ouvidos arruinados por ruídos… Os tímpanos roídos por
Naquele livrinho onde se registram débitos e créditos da nossa formação intelectual pode-se ler, à distância de tempo, a evolução e o significado de encontros e desencontros voluntários ou casuais que marcam, em dimensões variáveis, a maturidade dos
''A bandeira vai bem com a paisagem imunda, e nosso patoá ensurdece o tambor. ''Nos centros alimentaremos a mais cínica prostituição. Massacraremos as revoltas lógicas. ''Aos países licenciosos e dissolutos! – a serviço das mais monstruosas explorações industriais ou
Eu matei a escritora Cristina Fontana Paz. Peço perdão, mas ela assim consentiu e não me arrependo. Pediu, no entanto, que justificasse o ato. Mais uma vez, desculpem-me. *** Na primeira vez foi assim. Tateou no escuro,
Fico imaginando, ao comprar um livro em um sebo, o que leva alguém a se desfazer de um bem tão precioso quanto esse. Eu, ciumento dos meus; eu, para quem os livros são como uma extensão de mim
Uma cobra abeirou-se da gamela Num dia de calor, tanto calor e eu de pijama, Para beber da minha água. Na sombra funda de perfume estranho da grande [alfarrobeira escura Desci os degraus de cântaro na mão E
Nos meus cadernos de escola Nas carteiras e nas árvores Nas areias e na neve Escrevo teu nome Em toda página lida Em toda página em branco Pedra papel sangue ou cinza Escrevo teu nome Em toda imagem doirada
Arranquei-lhe as vísceras, segurei-as rente aos meus olhos pensando comigo: Está aí algo que não interessa a ninguém, não pode ser vendido como um rim ou um coração. Há quem queira comprar? Não, acho que não. Já