A Canção da Felicidade
Não foste para mim, Felicidade! O sorriso que levas a outras bocas e que as enche das ilusões mais loucas, vem a mim sob a forma de saudade. Saudade do que nunca tive, da ventura que todos conseguiram,
Não foste para mim, Felicidade! O sorriso que levas a outras bocas e que as enche das ilusões mais loucas, vem a mim sob a forma de saudade. Saudade do que nunca tive, da ventura que todos conseguiram,
foi um berro no ar seco no ar. depois a manhã partiu com seus cavalos e com seus trens, arrastando vagões doloridos a tristeza não veio logo depois demorou quase um mês quando chegou trouxe os seus exércitos
Ela corre dentro de um labirinto, e não sua. Porque as meninas perfeitinhas não têm defeitos e fazem o mundo parecer ainda menos certo. Passa por enormes muralhas de mármore, pelas quais não sobem as heras, nem passeiam
Pertenço a uma raça ameaçada de mulheres de outra geração e o que nos une é a fraternidade da desgraça. Poetas filhas de Caim (que teve um pai desaforado e sectário) Fomos tecendo inúteis mortalhas com bordados turcos e
“…onde pululam vermes de animais e plantas e subjaz um erotismo criador genésico” M. Cavalcanti Proença Por vezes, nas proximidades dos brejos ressecos, se encontram arraias enterradas. Quando as águas encurtam nos brejos,
Quem pode garantir que Marilena estava lá na hora em que tudo ocorreu? Pejado de sua santidade de Helena, ou prenhe de sua volubilidade de Maria, quem, tão cheio de pecado, poderia proclamar-lhe qualquer sentença? Marilena não fugiu da
Paris tem frio Paris tem fome Paris já não come castanhas na rua Paris anda vestido de velha Paris dorme de pé sem ar no metropolitano Ainda mais sofrimento é imposto aos pobres E a sabedoria e a loucura
Eu vi. Juro que vi quando centenas de homens levantaram do rio o enorme deus de pedra esverdeada por cabos que passavam pelo pescoço. O lugar não dava acesso a um guindaste por causa da mata tropical. Eu
Tuas pequeninas mãos, quais dois pequeninos peixes, resvalam nas minhas pálpebras tristes e dizem: – Justamente agora que me convidaste e eu cheguei, não vale te curvares à desgraça. Leva os teus dedos à minha boca salivante. Trago o ungüento
Um carreirista oportunista pretende subir na vida a todo custo. É um ator talentoso de uma cidade provinciana da Alemanha no final da década de vinte, que está disposto a tudo para realizar o seu intento e fazer