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    Colunas

    Amanhecer
    Amanhecer

    Na profunda noite universal que apenas contradizem os postes de luz uma ventura perdida ofendera as ruas taciturnas como pressentimento trêmulo  do amanhecer horrível que ronda os arrabaldes desmantelados do mundo. Curioso pela sombra e acovardados pela ameaça de

    Alma atlântica
    Alma atlântica

    Em algum lugar do tempo humano erguemos muros de medo em volta de nós mesmos. Em algum dia da noite de terror na pátina dos dias ao desenhar, no quintal da infância arabescos de não ser feliz sitiei meu

    O Lobo e o Cordeiro
    O Lobo e o Cordeiro

    Na água limpa de um regato, matava a sede um Cordeiro, quando, saindo do mato, veio um Lobo carniceiro. Tinha a barriga vazia, não comera o dia inteiro. – Como tu ousas sujar a água que estou bebendo? – rosnou o

    Da tarde com seus desejos
    Da tarde com seus desejos

    escrevo a tarde com seus mormaços com seus traços de lírio e luz delírios de azuis no olho e no riso da moça com que olho e arde a tarde azul   escrevo a tarde com seus desejos digo

    O que são os anos?
    O que são os anos?

    O que é nossa inocência, nossa culpa? Frágeis, somos,         vulneráveis. E de onde vem a coragem: a pergunta sem resposta, a resoluta dúvida – muda chamando, surda ouvindo – que  no infortúnio, na morte mesmo,           encoraja outras

    Radical livre
    Radical livre

    “Lá em cima do piano Tem um copo de veneno Quem bebeu morreu O azar foi seu” Lá em cima  de meu armário  (perto do céu e do coração) espera-me espreita-me numa fresta da festa meu paciente violão  …pleno

    Marília de Dirceu (1)
    Marília de Dirceu (1)

    Lira I Eu, Marília, não sou algum vaqueiro, Que viva de guardar alheio gado; De tosco trato, d' expressões grosseiro, Dos frios gelos, e dos sóis queimado. Tenho próprio casal, e nele assisto; Dá-me vinho, legume, fruta, azeite; Das

    Uma cidade, um antropólogo, dois escritores e um pássaro
    Uma cidade, um antropólogo, dois escritores e um pássaro

          Os desafios enfrentados para a construção da nova cidade foram muitos. Os principais foram: a forte resistência que se formou entre os antigos moradores da Cidade de Goiás (Vila Boa de Goiás), até então a capital e a

    Meu admirável avô
    Meu admirável avô

          Milão, meados da década de 30. Escola pública, classes separadas de meninos e meninas. Esse menino aqui entrando no ginásio, criando novas amizades, os professores indagando o perfil familiar de cada aluno, servindo-lhes, geralmente, para fazer uma apologia

    O cronista ordinário
    O cronista ordinário

          Segundo afirmou certa vez o próprio Nelson Rodrigues, seu objetivo era produzir um “teatro desagradável”; criar “peças desagradáveis”, “obras pestilentas”, capazes de “produzir o tifo e a malária na platéia”. Como se vê, sua crítica dirigia-se sobretudo contra