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    Colunas

    A plenos pulmões
    A plenos pulmões

    Primeira Introdução ao Poema Caros ……….camaradas ………………….futuros! Revolvendo …….a merda fóssil ………………….de agora, perscrutando                      estes dias escuros, talvez …………..perguntareis ………………………….por mim. Ora, começará ……………vosso homem de ciência, afagando os porquês ………….num banho de sabença, conta-se …….que outrora ……………….um

    A lágrima tatuada
    A lágrima tatuada

    como desenhar a lágrima que ao rosto desce   curva a curva tragédia a tragédia   dutos canais galerias arquitetura de dor   como desenhar a lágrima que ao rosto desce   rio de sombra destroços noturnos   cicatrizes

    Sobre vermes e coisas fétidas
    Sobre vermes e coisas fétidas

          Eu escrevo esta carta porque não valho nada. Porque cansei de esperar que vocês adivinhem o que penso. Vocês nem prestam atenção em mim. Não percebem toda a amargura de um instante que ressurge fresco e com hálito

    Linhas que posso ter escrito…
    Linhas que posso ter escrito…

    Silenciosas batalhas do ocaso em arrabaldes últimos, sempre antigas derrotas de uma guerra no céu, albas ruinosas que nos chegam do fundo deserto do espaço como no fundo do tempo, negros jardins da chuva, uma esfinge de um livro

    À lua
    À lua

          Ela tardou, faltou ao compromisso. Ignoro ainda os motivos que levaram-na a fazê-lo, mas a verdade é que ela faltou ao compromisso. Lamentei não ter uma câmera fotográfica para registrar o momento da sua aparição. Teria sido inútil,

    A Carta no Caminho
    A Carta no Caminho

    Adeus, porém comigo Serás, sempre irás dentro de uma gota de sangue que circule em minhas veias ou fora, beijo que me abrasa o rosto ou cinturão de fogo na cintura. Doce minha, recebe o grande amor que me

    Golpe dos infernos
    Golpe dos infernos

    Mal chegou à casa danada dos mortos, Pinochet, augusto, sombrio e vetusto proxeneta, fez seus conluios, montou uma milícia e desbancou o Capeta.   Todavia, mesmo senhor das minas do Pata Preta, não se livra da incômoda hemorróida e

    Luminária
    Luminária

    esta lua de inverno cárie na boca do sertão na escuridão torta e estatelada é o nosso pobre sol de maiakóvski rodela de prata vintém terrorista detergente proletária solta lá no céu é só uma gravura na sala de

    Comércio
    Comércio

          Daí eu falei pro meu irmão: “vamô arrumá um dinhero, vamô comprá uma bolachera de bolacha e botá comércio na fêra”.  Daí ele disse: “Mais como a gente vai arrumá o dinhero pá comprá a bolachera?”  E eu

    As amendoeiras feridas morreram
    As amendoeiras feridas morreram

          Meu filho,       O dia parou nas minhas rugas desde o momento em que a máquina sangrenta e cinza deles passou sobre nossa casa. É impressionante esse veículo imenso que abre sua garganta para tragar as poucas coisas