O artista e o labirinto de merda
O artista, cansado de ouvir que a arte tem que trazer uma “mensagem construtiva”, começa a construir um labirinto de merda, uma instalação em que as pessoas entram apenas para procurar a saída. De inicio o artista
O artista, cansado de ouvir que a arte tem que trazer uma “mensagem construtiva”, começa a construir um labirinto de merda, uma instalação em que as pessoas entram apenas para procurar a saída. De inicio o artista
(…) está visto que, cessando esta crise, a propriedade se poderia reconstituir e voltar a ser o que era. A gente do eito se esfalfaria de sol a sol, alimentada com farinha de mandioca e barbatanas de bacalhau; caminhões
Tenho braços fortes, de estátua grega feita por um Fídias. Mas não brancos de dentes do mármore. São duros iguais aos meus caninos, porém não pálidos. Queimo-os ao sol subtropical, de maneira que mantêm um suave dourado, como
Se cada hora vem com sua morte se o tempo é um covil de ladrões os ares já não são tão bons ares e a vida é nada mais que um alvo móvel você perguntará por que cantamos se
Não sabe quando, mas um juramento ela fez: um dia irá à China, Laos, Camboja, Hong Kong ou alhures… para no interior daquelas inebriantes e intrigantes edificações, que só viu no cinema, mansamente sorver ópio e viajar infância a
Nasceu em 1898 e morreu em 1956; viveu duas grandes guerras e presenciou a degeneração do convívio humano em proporções até então inimagináveis. Passados cinqüenta anos de sua morte, vemos que as relações entre os homens – foco
Quando entrei no Partido Comunista do Brasil eu era um adolescente romântico, que via o socialismo e o comunismo como uma causa romântica e cheia de heroísmo. Eu era marcado pelas minhas leituras e pelas histórias que minha
Queria poder te contar da minha inquietação corriqueira. Das noites em que imaginava ser outra, com menos sorrisos e mais palavras. O tempo me roubou as palavras. Especialmente as apaixonadas. E tenho seguido cansada, gorda de coisas por
I No alto da serra, A palmeira ao vento. Palmeira, mastro De bandeira, cruz De madeira, pálio De fúnebre liteira, Que negro suado, Crucificado Traído, morto, Velas ainda? Não sei, não sabes, Não sabem. Os ratos Roem seu livro,
Pense num homem feio. Multiplique por dois. Agora mentalize um sujeito feio e safado, muito safado. Esse é Zé Amaro. – Meu irmão, – sempre diz, enquanto besunta a boca com a língua e coça as partes