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    Colunas

    Os felinos no cio
    Os felinos no cio

    Gritam, esgoelam. Lembram os berros de estrelas pedindo socorro: Apelos loucos de astros Sugados pela fome voraz De um buraco negro. É como se o prazer fosse a porta da morte Ou a hipnose que faz a rã saltar

    Não do nada
    Não do nada

          Do nada me veio a voz da lenda, das palavras do Arthur Miller a Jorge Andrade (outra vez): “Volte para o seu país, observe como os homens vivem e como gostariam de viver, e então, escreva sobre a

    Natividade
    Natividade

          – Boa noite, seu José.       – Noite, dona Maria. Vai um milagre, aí?       – Não, seu Zé, que de milagre estou prenhe.       – E o que leva, então, desta minha santa bodega?       – Um

    Merlot chileno
    Merlot chileno

    Chupava com apreço e zelo. A língua sorvia Um cone de sorvete, Numa tarde de verão. Acoplou-se com a leveza E precisão de um módulo espacial. E passou a realizar num humano Cósmicos movimentos. Da boca vinha um sopro

    Brasílicos
    Brasílicos

    Sonoras plagas, ventos que rodam a saia da manhã; campos de fatos onde cada item é uma paisagem e uma sombra de todo o afeto: cantem peitos brasilianos mais alto que o grosso mar de alheias mensagens e apontem

    Lago Sul
    Lago Sul

          Calco a terra sob os pés descalços. Pedrinhas miúdas ferem a sola e lembram em mim a dor de estar. O lago bate manso nas margens, quase imóvel. Espelha a cidade, mas não a vemos: ainda é dia,

    Prólogo
    Prólogo

    Aproxime-se. Fique à vontade. Deste lado a fantasia, desse a realidade. O teatro é arte efêmera que se consome no presente. Vida é coisa que se esvai, ainda que dela não se pressente.

    Iluminar
    Iluminar

          O que Olga vê, assim parada diante do visor da câmara de gás? O mesmo que via à janela do aparelho clandestino? A mesma paisagem da janela do avião? O que percebia Olga?       Nestes tempos de golpismo

    Sova na Avenida da Praia
    Sova na Avenida da Praia

          Essa me contaram e eu reconto:       Enaura era uma mulher sempre contente. Pele morena, rosto redondo sempre sorridente, tinha um corpo todo roliço, mas bem divididinho. Estava chegando aos quarenta. Vestia-se sobriamente, mas sempre com apuro.      

    De feras e de belas
    De feras e de belas

          Vou dizer, comprade, que ela me honra com todo esse querer. Não valho nada; portanto, não mereço. Mas aceito de bom grado, e felizinho da silva, que, dado assim, até injeção na testa, quanto mais uma morena tão