A carta – capítulo 36
Chega em ruínas. Abre a porta do apartamento, entra com o cansaço sobre os ombros e os olhos soturnos. – Isso são horas, Gemiro? – vinha falando Lolinha, da cozinha pra sala – Qué isso, meu deus?!
Chega em ruínas. Abre a porta do apartamento, entra com o cansaço sobre os ombros e os olhos soturnos. – Isso são horas, Gemiro? – vinha falando Lolinha, da cozinha pra sala – Qué isso, meu deus?!
Conta-se que num dia desses numa churrascaria no Rio de Janeiro uma senhora sentindo-se ultrajada por um rapaz que fumava charuto na área de fumantes exigiu que ele apagasse o charuto. Vendo que não seria atendida, apelou para
– Quando é que saio daqui? – Daqui uns dias, mãe. Daqui uns dias. – Cadê Glória? – Cuidando do pai. – Por que não é você que faz isso? – Não sei.
Abordado por dois investigadores da Civil, Argemiro não atina no que se passa. Só depois do primeiro aperto, o cano lhe magoando os rins, se apavora, dispara uma profusão de "qué isso" e "o qué queu fiz" e
O sol bebe a lama dos brejos E as mamonas pipocam. Uns duzentos bois, a coices, Disputam, no imenso pasto, A sombra do último jatobá. De tão seco o ar do Planalto, Lixa e sangra a garganta, o nariz. Então, do
Alguém que conheci e sofria de amnésia, andava sempre com uma carta no bolso. Na carta havia além da informação de que ele sofria de amnésia, o seu nome, endereço e telefone. Pareceu-me uma estratégia bastante eficaz para
Por onde vão Tudo que tem vida, Se assusta Atemoriza-se. Por onde vão Tudo que tem vida Levanta-se, Arma barricadas, Refugia-se nos subterrâneos. Por onde vão Tingem de sangue o chão. Por onde vão Ferem as aves, mutilam os
Me veio este título de uma canção da Joan Baez quando na semana passada um conhecido me ligou pra falar de um sujeito que eu conheci em Curitiba, quando eu morava lá. Olha quem me deu seu
Subir e descer Descer e subir A tarde inteira A vida inteira… Cruzam as palavras Cruzam e descruzam as pernas, Cruzam as linhas de lã. As ascensoristas, Enjauladas no elevador, são As herdeiras do castigo de Sísifo. As Delícias
Ulisses chegou na recepção do hospital e perguntou por Jorge de Oliveira. A enfermeira quis saber quem era. Apresentou-se com o nome de Rafael e se disse amigo do doente. Glória foi consultada pelo ramal. Depois de alguns