A carta – capítulo 21
– O senhor sabia que não pode fumá no ônibu? Ele se vira para a senhora magrinha, cabelos brancos amarrados em coque no alto da cabeça, óculos de lentes grossas deformando ainda mais o olho estrábico. Volta-se
– O senhor sabia que não pode fumá no ônibu? Ele se vira para a senhora magrinha, cabelos brancos amarrados em coque no alto da cabeça, óculos de lentes grossas deformando ainda mais o olho estrábico. Volta-se
Meu pai costumava acordar com uma rádio que dava hora de minuto em minuto, algo parecido com a rádio relógio de A hora da estrela de Clarice Lispector, porém, não lembro de ouvir tocar "Una Furtiva Lacrima", mas
Maria Carolina era infiel desde sua adolescência. Abraçava seus namorados olhando sobre seus ombros à procura de alguém mais interessante. E se com os namorados ela já era especialista em traição; com o marido, Maria Carlonia tornou-se Phd.
– Você consegue encontrar o sujeito só pelo CPF? – Fácil, fácil. Quer saber o quê dele? – Tudo. Quem é, o que faz. Chegou aqui fazendo um monte de pergunta sobre o seu Jorge e
Emerenciana chegou à porta e lá encontrou um carteiro. Vinha com uma carta registrada em nome de Emerenciana Régis de Almeida, enviada por Argemiro Vieira. O portador solicitou sua assinatura. Ela registrou lá suas iniciais, conforme lhe ensinara
Antes de ontem encontrei um amigo "das antigas" que aqui vou chamar carinhosamente de Perivaldo, por lembrança do personagem Peri, herói do romance O Guarani de José de Alencar, o qual dizem ter sido um dos fundadores do
Enquanto dona Inácia lê a carta, Mariana rói as unhas sentada no sofá do quarto e Glória contempla a cidade pela janela. Pensa em coisa soltas, esparsas. Não se fixa em nada, tampouco se preocupa com a carta
Zona de garimpo. Nú, cotovelos no batente da janela do puteiro, ele fuma e pensa. Rememora uns olhos alegres de menina, umas carnes roliças de mulher e o menino montado na mula a caminho da feira. Uma sujeita
Nesse mundo de concreto, Sobre o viaduto da Condessa de São Joaquim, Distribuem sopa aos sem-ninguém, aos sem-teto, Não sei de quem é a benevolência, Talvez, de algum descendente da condessa, Talvez de algum devoto de Joaquim. Sei que
Era uma vez um Lobo Mau, uma menina com uma toca vermelha e sainha rodada que gostava de ser chamada de Sainha Vermelha mas, como herança de sua infância, acabava mesmo, era sendo chamada de Chapeuzinho Vermelho, uma