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Colunas

Terrível companheira
Terrível companheira

Numa praça numa noite por detrás das folhagens de relance eu vi a solidão me espreitando. Tal nos filmes de terror eu andava e ela me seguia sem jamais deixar que eu enxergasse sua face. Meses depois ela jantava

Da inutilidade e outros cantos
Da inutilidade e outros cantos

      Canto o possível e o impossível para inaugurar felicidades nos olhos de quem felicidade faz gosto e necessita. Mas a vida, asa de abelha, é difícil, fugidia. Como prender num momento todo o século que migra para o

Quem é Maria Graça?
Quem é Maria Graça?

      Foi numa noite destas, que não se enxerga nem um palmo a frente do nariz, que Maria Graça desapareceu. Ela saiu furtiva, sorrateira do local onde dormia, era noite sem lua e sem luz, passou a porta, cruzou

Poema cremoso para um fim de jornada
Poema cremoso para um fim de jornada

dormentes são as dobras do poente lívidas, formidandas, malemolentes debruçam-se sobre os astros, moles, languecentes, e derramam sua doce tirania, oleosa, aborrecida, no resto de dia morrente

Luta sob o poente
Luta sob o poente

      Nua, lânguida, esparramada no tapete da sala, o sol subia-lhe lento pela coxa até a púbis. Os seios respiravam leves. Os olhos, úmidos, de uma intensidade que a tudo atraía, pediam. Deitei-me de bruços sobre o tecido felpudo.

Da minha fome por uma fruta síria
Da minha fome por uma fruta síria

A fome que tenho por ti, não é a de cravar minha boca sobre a superfície da tua vida, para saquear tua essência e, sujo dela, voltar para casa como um cão volta de uma caçada. O meu amor

Conectando-se à Internet
Conectando-se à Internet

      Conectar-se à internet já foi assim. Uma pessoa discava um 0800 e:       – Tuuummm! Tuuummmm! Tuummm!       – Alô?!       – Por favor aguarde, dentro de alguns minutos um de nossos representantes irá atendê-lo.       – Tum,

Poesofando
Poesofando

Observando daqui a vida, logo se vê: o quanto de vida nela falta, o quanto de vida deve haver. Quisera pudéssemos senti-la nata. Assim, quem sabe, houvesse vida pra se perder.

Outros caminhos?
Outros caminhos?

      Havia uma picada, um caminho estreito que ligava duas casas da minha infância. Era um caminho de uns setecentos metros dentro da mata. Em dia claro, eu atravessava correndo, por festa, e quando era noite, pegava o rumo

Em memória de Prometeu
Em memória de Prometeu

      Doze homens, doze festas em torno de uma crença. Dispersos pela fé na redenção, levam longe as dúvidas de si na certeza de um. Mal sabem os tormentos, as torturas, as fogueiras que esse amor criará nos séculos