Fruta Temporã
Ia pelas rodovias do não, vinha pelos doídos domínios do cão. De onde eu vim, ninguém sai são. Por vezes, minha sede mergulhava em oásis, mas logo a garganta em compulsiva drenagem escarrava areia e sangue: tudo era miragem.
Ia pelas rodovias do não, vinha pelos doídos domínios do cão. De onde eu vim, ninguém sai são. Por vezes, minha sede mergulhava em oásis, mas logo a garganta em compulsiva drenagem escarrava areia e sangue: tudo era miragem.
Um povo triste esperava na enorme fila de emprego de uma rede de supermercados, e parecia não ter nenhum compromisso com o tempo – não este tempo cronológico que passou enquanto eu esperava o ônibus. O ônibus demorava
Toda a história se fez com homens e suas sempre renovadas baionetas. O mar que rugiu embaixo foi sempre o da rebelião: uma legião de miseráveis surgindo de seus túneis e deflagrando uma festa de balas e fome contra
São três horas. Sonolento, daqui confundo vaga-lumes e estrelas. A arma com a bala na agulha. Não me afobo, sei que o cheiro da fruta madura a seduz. De meu pai caçador herdei a paciência da espera. Já a
Cinco amigos conversavam tranqüilamente, harmoniosamente, sem interferência de nenhum signo perturbador quando um dos quatro, sem motivo algum, de forma abrupta, com a única intenção de inserir a Discórdia na conversa, diz: – Minha esposa, a Discórdia,
– Que acontece com você? Sumido! – Eu, sumido? – É. – Te vi ontem, maluca! – Me viu, mas eu não te vi na internet. Aliás, tem tempo que não te vejo lá.
– ô mãe! a senhora deixou o cachorro passar? – a gente fala com ele, mas ele não escuta! dddddddddddddddddddddddd(uma frase extraída do cotidiano) O descompromisso com a seriedade, aliado a insistência de um amigo nada
Fulano de Tal tinha acabado uma prova que deixara pela metade. Ele havia se preparado para a prova há dias e ainda assim se perdeu no meio de tantos números e pontos de interrogações. Estava a caminho do
“Os países [estão] 'amarrados' por uma violenta blindagem liberal. Essa é a realidade, o resto é poesia!” Essa é uma frase escrita por um comunista, muito amigo meu, na Tribuna de Debates da 9ª Conferência Nacional do
Há uma fome de paraíso que brota do paraíso da fome. Esta evidência vem da lembrança dos cem anos da guerra de Canudos ou de qualquer reflexão sobre o sagrado e o profano que se misturam na cultura