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    Colunas

    Da inutilidade e outros cantos
    Da inutilidade e outros cantos

          Canto o possível e o impossível para inaugurar felicidades nos olhos de quem felicidade faz gosto e necessita. Mas a vida, asa de abelha, é difícil, fugidia. Como prender num momento todo o século que migra para o

    Quem é Maria Graça?
    Quem é Maria Graça?

          Foi numa noite destas, que não se enxerga nem um palmo a frente do nariz, que Maria Graça desapareceu. Ela saiu furtiva, sorrateira do local onde dormia, era noite sem lua e sem luz, passou a porta, cruzou

    Poema cremoso para um fim de jornada
    Poema cremoso para um fim de jornada

    dormentes são as dobras do poente lívidas, formidandas, malemolentes debruçam-se sobre os astros, moles, languecentes, e derramam sua doce tirania, oleosa, aborrecida, no resto de dia morrente

    Luta sob o poente
    Luta sob o poente

          Nua, lânguida, esparramada no tapete da sala, o sol subia-lhe lento pela coxa até a púbis. Os seios respiravam leves. Os olhos, úmidos, de uma intensidade que a tudo atraía, pediam. Deitei-me de bruços sobre o tecido felpudo.

    Da minha fome por uma fruta síria
    Da minha fome por uma fruta síria

    A fome que tenho por ti, não é a de cravar minha boca sobre a superfície da tua vida, para saquear tua essência e, sujo dela, voltar para casa como um cão volta de uma caçada. O meu amor

    Conectando-se à Internet
    Conectando-se à Internet

          Conectar-se à internet já foi assim. Uma pessoa discava um 0800 e:       – Tuuummm! Tuuummmm! Tuummm!       – Alô?!       – Por favor aguarde, dentro de alguns minutos um de nossos representantes irá atendê-lo.       – Tum,

    Poesofando
    Poesofando

    Observando daqui a vida, logo se vê: o quanto de vida nela falta, o quanto de vida deve haver. Quisera pudéssemos senti-la nata. Assim, quem sabe, houvesse vida pra se perder.

    Outros caminhos?
    Outros caminhos?

          Havia uma picada, um caminho estreito que ligava duas casas da minha infância. Era um caminho de uns setecentos metros dentro da mata. Em dia claro, eu atravessava correndo, por festa, e quando era noite, pegava o rumo

    Em memória de Prometeu
    Em memória de Prometeu

          Doze homens, doze festas em torno de uma crença. Dispersos pela fé na redenção, levam longe as dúvidas de si na certeza de um. Mal sabem os tormentos, as torturas, as fogueiras que esse amor criará nos séculos

    Sou feliz porque sou gigante
    Sou feliz porque sou gigante

    Certa manhã, quando despertei, percebi que me tornara um gigante. De início julguei que tudo não passava de um sonho prolongado. Só me convenci quando a noite chegou. Ao correr quase minha cabeça se estilhaça contra uma estrela. Para