Para bom entendedor
O sujeito puxa a peixeira, encosta no seu pescoço e diz: "Ou me obedece, ou rua!". Alguém pode dizer: "Oxente! Se a casa é do cidadão, ele tá no seu direito". Se fosse só dele a casa,
O sujeito puxa a peixeira, encosta no seu pescoço e diz: "Ou me obedece, ou rua!". Alguém pode dizer: "Oxente! Se a casa é do cidadão, ele tá no seu direito". Se fosse só dele a casa,
Tolice que o luar vem do sol. O luar vem é dela! Verbos do Amor & Outros Versos – Adalberto Monteiro Goiânia – 1997 Adalberto Monteiro, Jornalista e poeta. É da direção nacional do PCdoB. Presidente da Fundação Maurício
– Doravante, chamar-me-ei Ildefonso. Cansado desta inércia, deste nome joseanamente simples, saio em demanda de uma nova identidade – nobre, guerreira. Desbravarei terras ignotas; singrarei mares nunca dantes poluídos. Serei Ildefonso, cavaleiro galopante das selvas histriônicas! –
"Roubaram a lagosta" é o título da crônica escrita por Adoniran Barbosa em 1979, que comenta os atos de vandalismo que fizeram desaparecer as enormes lagostas do monumento da praça Júlio Mesquita, no centro velho da cidade.
Horas de espera. Subiu no elevador já passava das duas. Chegou ao piso no horário marcado. E agora, esperava horas. Talvez não fossem horas, mas largos minutos: neles pareciam caber os séculos. Perdeu a conta
Ócios se acumulam na casa dos dias. Pontes, alamedas por onde andar, em que ponto do planeta estarão? Caos de todos os dias, Pontos de alucinação, Fogos da memória – onde encontrar o tempo em que haja tempo para
– Pai o que é que tem na barriga da minha mamãe? Está tão grande. – Um irmãozinho minha filha. Você não pediu um? – Pedi pai, mas eu queria um que fosse como eu, que
Pensei muito antes de escrever-te – em tuas palavras, em teus atos, em teus livros. Pensei nas noites varadas agarrado a uma jangada cruzando o atlântico – não em busca de Miami, mas do sul, do espaço entre
Borrão na cena do crime. Ela olhou praquilo e logo pensou em Tonho. Sabia que ele ia aprontar uma, mais cedo ou mais tarde. Riu. Chamou Do Carmo. Lá veio ela de cabelo desgrenhado, cara de sono, dizendo
Entrou na loja apoiando-se em si. Passos lentos, olhar úmido, punha, em cada gesto, uma concentração de tempo. Ajeitou o chapéu escuro, de massa, na cabeça calva. No rosto nordestino, beatífico, a calma de quem desistiu de todas