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    Colunas

    Responsa
    Responsa

          Sabia que não tinha como faltar ao compromisso. Até que não queria ir, mas ela mesma tinha solicitado aquela reunião, e ficaria muito estranho logo ela não comparecer. Mas estava tão sem vontade, tão cansada, tão sem pique…

    Identidade
    Identidade

          Chupou cinco laranjas e ficou olhando a paisagem, as mãos descansando na bacia no colo. Gostava do céu assim, o sol por trás das nuvens bordando-as. Vez ou outra espantava uma mosca.       Ergueu-se com a bacia nas

    Falta sintonia
    Falta sintonia

          Na concentração para saída da marcha contra a guerra, sob a marquise do Masp, um veterano militante contou-me a proposta de um agrupamento Político na zona leste: fazer uma manifestação contra o Natal no Largo de São Miguel

    Mensagem
    Mensagem

          O homem entrou no plenário com uma maço de folhas na mão. Sentou-se entre iguais tão diferentes quanto os dedos da mão. Principiou enaltecendo a casa, desenvolveu falando dos problemas, apontou algumas veredas da solução, terminou pedindo união

    Sem jeito a dar
    Sem jeito a dar

          Tendo o dia acabado tão mal, como Durvalina podia estar em paz? A jornada até que começara bem, com o sol e a notícia da chegada da encomenda que fizera a Humberto de Mariana, filha de Quim. Mas

    Homem-que-é-homem
    Homem-que-é-homem

          O filho de doze anos vira-se para o pai, num destes belos dias de sol, dias que nos inspira a tudo, inclusive a tentar dialogar com certas pessoas, e diz:       – Pai! Quero fazer balé, tocar piano

    Poema oratório em favor do homem
    Poema oratório em favor do homem

    Não, não partirei meu último tormento em mil pedaços para vos ofertar. Antes trarei mil oferendas de futuro e júbilo para adoçar vossas bocas e satisfazer vossa sanha de alegria: De um amanhã luminoso, tecerei mil histórias de mil

    Augustiana
    Augustiana

    O gatos caminham lá fora. Do pó, surgem como panteras espreitando a noite. Não, não são de quimeras, seo Augusto, nem de aneladas formas de sonhos (ou pesadelos). São feras. Feras que nos espreitam à noite a fim de

    Conta-se…
    Conta-se…

    Conta-se a vinda dos pássaros de metal espalhando clarões dentro da noite. Conta-se que enormes labaredas brotarão do chão. Conta-se, mais uma vez, com a morte de crianças e doentes. Conta-se com a cumplicidade dos mentem e dissimulam em

    O segundo cavaleiro
    O segundo cavaleiro

          Depois que tudo acabar, sorriremos aliviados. Ergueremos cada casa tombada e faremos nossos calabouços. Neles, aprisionar-nos-emos voluntariamente. Neles, feneceremos até o apodrecimento.       Saíremos à superfície pós todas as bombas. Prantearemos nossos mortos e não mais haverá face