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    Colunas

    Coração secundarista
    Coração secundarista

    Poderia te escrever mil poemas, cidade, falando de tuas lâmpadas e de teus gases que poluem teu céu. Poderia dizer de teus bares ou de tuas favelas contrastando as cores de teu corpo e alma. Mas falarei de outros

    Cinema
    Cinema

          Estava em casa, tinha recém acordado, peguei o jornal, quando uma grande vontade de ir ao cinema me tomou de assalto. Abri o jornal em entretenimento, não estava muito disposto a longos percursos, por isso escolhi um cinema

    Nomes
    Nomes

          – Dona Marinalva, venha cá.       Dona Marinalva não era propriamente dona, no sentido clássico de senhora, proprietária de sesmarias, dominadora de horizontes. Seu chefe chamava-a de dona pelo hábito que todos os chefes têm de chamarem assim

    O sem-tempo
    O sem-tempo

    Não temos tempo. O tempo só se oferece a quem dele não necessita trégua nem descanso ou esquecimento.

    Patrimônio histórico
    Patrimônio histórico

          Na casa, havia uma negra passando roupa (ninguém achou que fosse a dona).Virei a porcelana e vi a inscrição: Johnson Brother's. A mesa estava posta com cristais, guardanapos e prataria Inglesa, o porão repleto de morcegos e instrumentos

    A mosca
    A mosca

    – Morrer aqui e não findar sob as luzes incompletas da cidade, feito coisa amorfa no suscitado turbilhão das coisas? Que fim levaram minhas asas de libélula? Para que serviu tanto zumbido aos ouvidos dos homens se agora me

    A couve
    A couve

    O que dizer do sol nas folhas da couve? O que dizer desse queimar no espaço agreste secamente pobre e pobremente aceso de vida velha sem esperança de renovação? A couve, consumível em sua acidez erecta, deseja crivar no

    O besouro
    O besouro

    Instala sua noite o besouro. Negro, como negras são as tardes de abril, degola formigas e sufoca cigarras. Calca sob pés militares nossas manhãs e filhos; brutaliza nosso tempo e relvas; amassa firme seu terremoto e suscita toda a

    “CAMARADAS, ACOMODAR É UM CRIME!”
    “CAMARADAS, ACOMODAR É UM CRIME!”

    Aproveitar cada segundo da liberdade conquistada, igual a mesa operária aproveita cada pedaço de pão! A liberdade em nosso país nos é tão rara, tão preciosa tão cara que é crime desperdiça-la. Mesmo que ela se apresente assim: tão

    O Pombo
    O Pombo

          Conheci um velho que, como um relógio, nunca atrasava em seus compromissos. E este senhor tinha um compromisso. Todo dia, no mesmo horário, ele se dirigia para uma pequena praça perto de minha casa e, lá, ficava por