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    Colunas

    Gente
    Gente

          Queria apenas um trabalho, mesmo destes de curvar a espinha até bater a cabeça no chão… estou muito velho. (…) Foi numa creche. Os cobertores ficavam trancados a chave, e, num dia frio, desse frio mesmo, os bebês

    Ziguezague
    Ziguezague

          Não se sabe se é intencional. Mas quando aparece na tv, ele joga o rosto de um lado para outro, num movimento meio cômico, sempre se apresentando de perfil no vídeo. Nesse bailado cefálico, seu corpo também dá

    A ponte
    A ponte

          Ponte por sobre as águas. Há quanto tempo não vejo pontes assim? Quando parti, tudo isso era muito pouco e lá, por entre aqueles morros, escorria o sol quando a manhã chegava. As noites eram quentes, agitadas pelas

    Uma pergunta difícil
    Uma pergunta difícil

          Acontece muitas vezes. Acontece de toparmos com uma pergunta difícil. Acontece. Foi assim com uma pobre estudante de artes plásticas. Em vias de entregar o trabalho de conclusão de curso, a pobre universitária foi abandonada pela fortuna quando

    Madrugada suburbana
    Madrugada suburbana

    No bar no pano verde rola a bola sete. O giz se esfarela na ponta do taco. Um rola-bosta rola em torno da lâmpada pontilhada de merda de mosca. No fio alheias aos berros elas repousam e amanhã vorazes sobrevoarão

    A ave
    A ave

    A ave nega o seu vôo para dizer chão e pousa, na calma do pouso, a terra em seus pés para negá-la chão e afirmá-la céu! A ave nega suas asas para tornar-se grão num espaço do mundo e

    Lázaro, o coleciondor de vozes (parte 2)
    Lázaro, o coleciondor de vozes (parte 2)

    (Fragmento de algo que talvez seja um livro, parte 2)       “Centro Cirúrgico em cinco minutos!”       A vida tem som de asas de areia de folhas.       “Abaixa isso já!”       “É a Violeta Parra, dona Palmira.”       

    O militante
    O militante

    I Enquanto dormes cidadão, teu sono citadino, alguém vela teu lugar. Um homem ou mulher que, da rosa desfolhada, trás o talo sempre pronto a despertar. Enquanto comes, meu amigo, teu salário em feijão, alguém mata a fome de

    A Hebe vem aqui
    A Hebe vem aqui

          Descendo do trem, vindo de Osasco, na estação Júlio Prestes, não pude deixar de ouvir a fala de uma senhora que tentava explicar a outra o que é a Sala São Paulo, e para que a outra entendesse

    Um menino observa a linha d'água
    Um menino observa a linha d'água

    Aquele ponto acima do horizonte que pede passagem não deslumbra não ampara somente corre como nuvem pássaro passo de quem já perdeu o trem Mundo? Que mundo, quando tudo se resume ao acaso, ao desmanche das estações? Quando nada