Trata-se de uma lista inicial, aproximativa, com enormes falhas. Indica algumas obras básicas disponíveis em livrarias ou em boas bibliotecas. Não compartilho o preconceito acadêmico de que a quantidade de livros aumenta o esclarecimento de qualquer questão. Entretanto, nas obras abaixo relacionadas, o interessado poderá “cascalhar” os fatos e as interpretações para poder, com eles, moldar sua compreensão sobre o assunto.

Algumas obras gerais, consagradas, têm destaque nesta bibliografia. Entre elas, as histórias da URSS e do Partido Comunista (Bolchevique) da URSS (textos n. 1 e 31), as obras de Charles Bettelheim (textos 18 a 21), de Trotsky (texto n. 139) e de Eric Hobsbawn (texto n. 63).

A natureza oficial dos textos 1 e 31 torna-os instrumentos da luta política pela consolidação do socialismo na URSS. Eles são esclarecedores sobre os rumos tomados pelos vitoriosos. São, assim, documentos históricos fundamentais. Sua natureza oficial, contudo, torna estes textos pouco úteis como instrumento de informação histórica isenta.

Charles Bettelheim, por sua vez, é considerado – juntamente com Carr e Isaac Deutscher – um dos principais historiadores acadêmicos da URSS. Sua obra, fartamente documentada, foi construída ao longo de quarenta anos de pesquisas em arquivos soviéticos e estrangeiros. Marxista, opõe-se à ortodoxia soviética, recusando as avaliações comuns, que colocam a figura de Stalin no centro da evolução da primeira experiência socialista da humanidade, e posiciona-se contrariamente ou favoravelmente àquele dirigente soviético. Contra avaliações desta espécie, Bettelheim preconiza o estudo das condições históricas da construção do socialismo, como única forma de esclarecimento dos rumos daquela experiência. Ele defende teses controversas, entre elas a de que a revolução bolchevique teria sido, na verdade, uma revolução capitalista, inaugurando um padrão de acumulação e desenvolvimento diferente do padrão clássico, europeu e americano.

Edward H. Carr talvez seja o autor do mais vasto empreendimento historiográfico sobre a revolução russa e a construção do socialismo na URSS. Fiel ao empirismo tradicional dos historiadores ingleses, ele – que foi funcionário Foreign Office em 1916, e professor do Trinity College de Cambridge desde 1955 – elaborou um extenso e ricamente documentado relato factual da revolução russa, cujo primeiro volume foi publicado na Inglaterra em 1950. Foi muito amigo de outro historiador inglês, Isaac Deutscher, sendo influenciado por suas idéias trotskistas.

O livro de Trotsky – como outros escritos seus de exílio, depois de 1928 – centra-se na polêmica contra a direção soviética e os rumos que ela passou a imprimir à construção do socialismo. Neste sentido, tem o caráter de contraponto à história oficial, sendo também – por sua vez – a história oficial não só dos trotskistas, mas também de muitos opositores (socialistas ou burgueses) do stalinismo.

Finalmente, a História do Marxismo, organizada e dirigida por Eric Hobsbawn, merece uma referência aqui. Trata-se de um painel dos principais temas do marxismo e do debate sobre a construção do socialismo, desde Marx e Engels até nosso tempo. Embora extremamente valiosa, esta obra tem dois problemas. Em primeiro lugar, abriu espaço a autores não marxistas, que escreveram alguns dos ensaios. Depois, a obra foi escrita sob hegemonia de autores eurocomunistas. Apesar destas limitações, tem ensaios úteis.

A indicação bibliográfica foi organizada por blocos temáticos. Ela não é – nem poderia ser – exaustiva, mas apenas uma indicação introdutória para o estudo do socialismo. Para facilitar a consulta, ao final de cada bloco estão indicados os números dos textos correspondentes.

1. O debate da revolução Russa

A Rússia czarista era a mais atrasada das potências européias. Ali, o peso do passado feudal ainda muito recente era grande, e o país permanecia dominado por uma monarquia absolutista. Sua classe operária se contava aos milhões, mas a base da população era camponesa, meio em que predominavam o analfabetismo e o preconceito religioso.

Para os bolcheviques, sua revolução seria o estopim para a revolução européia, encarada como necessária para viabilizar a construção do socialismo. Mas a revolução européia, que se esboçou em Alemanha, Áustria e Hungria, foi derrotada, e os bolcheviques tiveram de enfrentar a tarefa de construir o socialismo em uma nação muito atrasada. Outras questões também se colocaram. Rompendo com a posição ortodoxa da II Internacional, de que a etapa intermediária entre a Revolução Burguesa e a Revolução Proletária é necessariamente longa, Lênin mostrou que – ao contrário – na revolução russa essas etapas eram complementares, e que a revolução proletária é consequência da revolução democrático-burguesa.

Lênin também compreendia que, no quadro do atraso russo, o caráter da revolução russa era necessariamente contraditório, ao mesmo tempo proletário e democrático burguês: a aliança operário-camponesa exprime esse caráter, uma vez que, no campo russo, segundo Lênin, a revolução não era ainda Socialista, mas burguesa.

A questão da ditadura do proletariado e seu alcance, um tema que abrange desde as críticas da social-democracia contra o fechamento da Assembléia Constituinte e o rompimento da legalidade burguesa, o debate daquilo que alguns consideravam “excessos revolucionários”, até a posição trotskista, em 1920, de militarizar os sindicatos e o trabalho nas fábricas.
(textos: 1, 18, 22, 24a, 24d, 25, 31, 39, 48, 56, 57, 62, 73, 75, 76, 77, 83, 84a, 84b, 84c, 84d, 84e, 84j, 86, 92, 93, 102, 105, 112, 115, 129, 139, 141, 143, 149)

2. O debate da revolução nos países atrasados

De certa forma, este debate amplia, aprofunda e generaliza o tema do item 1, estendendo suas conclusões para a luta anticolonial.

Os textos aqui referidos dão apenas uma discreta introdução ao tema, pois a bibliografia existente é vasta.
(textos: 1, 2, 3, 13, 24c, 82, 86, 87, 115, 122)

3. Mencheviques versus bolcheviques, ou social-democracia versus revolução

Bolcheviques e mencheviques estiveram em campos opostos desde praticamente a fundação do partido social-democrático russo. Divergiam, inicialmente, sobre a natureza do partido e do vínculo entre ele e seus militantes; sobre a natureza das lutas operárias anteriores à revolução (para os mencheviques deviam ser lutas econômicas e os bolcheviques lutavam para transformá-las em luta política contra o czarismo e contra o capitalismo).

As divergências acentuaram-se quando o czarismo, depois da revolução de 1905, foi obrigado a aceitar a criação de um parlamento eletivo muito limitado e controlado pela monarquia (para os mencheviques, uma conquista democrática que devia ser mantida a todo custo), e chegaram ao rompimento quando, com a Primeira Guerra Mundial, os mencheviques alinharam-se à orientação da social-democracia européia, e apoiaram a burguesia russa no esforço bélico. Mais tarde, com a revolução de fevereiro, e a dualidade de poderes que se seguiu a ela (sovietes versus parlamento burguês), os mencheviques apoiaram o governo provisório burguês e esforçaram-se para esvaziar o poder político dos sovietes.
(textos: 14, 26, 30, 49, 59, 75, 84i, 89, 94, 113, 117, 129, 130)

4. A revolução mundial e o socialismo num só país

A consciência do fracasso da revolução européia levou a liderança soviética a formular a tese, logo no começo dos anos 1920, do socialismo num só país.
Além de ligar-se à discussão sobre a revolução russa (item 1), este debate apresentou alguns aspectos particulares.

Em primeiro lugar, um grupo de revolucionários, liderado por Trotsky, pensava que a decisão rompia com o compromisso internacionalista do socialismo e do marxismo (e a defesa da revolução permanente e do internacionalismo passou a ser uma das características do trotskismo).
Em segundo lugar, a tese teve grande influência na Internacional Comunista e na condução da política exterior soviética; os interesses da defesa nacional da URSS e da defesa da construção do socialismo naquele país passaram a guiar as decisões sobre o apoio (ou oposição) soviética às iniciativas revolucionárias no exterior.
(textos: 1, 2, 3, 13, 21, 24c, 24e, 24h, 24i, 24n, 29, 31, 32, 51, 58, 81, 82, 87, 100, 109, 110, 114, 120, 123, 138, 149).

5. A internacional comunista

Concebida por Lênin para suceder à II Internacional, social-democrata, e levar adiante o programa revolucionário que ela havia abandonado. A III Internacional nasce formalmente em março de 1919. Alguns críticos pensam que, desde os anos 1930 até sua desmobilização, em 1943, a Internacional Comunista foi mero instrumento de política exterior do Estado Soviético.
(textos: 2, 3, 21, 24c, 24h, 24i, 24n, 25, 29, 32, 56, 109, 110, 125, 126).

6. A NEP

Adotada pelo X Congresso do Partido Comunista em março de 1921, a Novaia Ekonomitcheskaia Politika (Nova Política Econômica, ou NEP), eliminou o comunismo de guerra, substituiu a requisição forçada de produtos agrícolas por um imposto em espécie e, ao mesmo tempo, restabeleceu a economia monetária, o comércio interno e autorizou o funcionamento de pequenas empresas capitalistas. Encarada por Lênin como um recuo temporário para reorganizar a economia e facilitar, depois, a retomada do desenvolvimento socialista, a NEP durou até 1929 – toda a década de 1920, portanto. Sua crise, acelerada depois de 1927, suscitou forte debate a respeito da natureza e do ritmo da industrialização, da conveniência de manutenção de um setor de economia de mercado sob o socialismo, dos rumos a serem adotados no desenvolvimento agrícola, e da atitude perante os camponeses enriquecidos (a burguesia rural constituída pelos Kulaks).
(textos: 1, 15, 18, 19, 24b, 24f, 25, 30, 31, 44, 60, 84t, 124, 125, 126).

7. A luta pela planificação, pela industrialização e pela coletivização da terra

No final dos anos 1920, a liderança bolchevique estava dividida. Alguns pensavam que devia ser mantido um setor de economia de mercado ao lado de um setor socializado da economia.
A industrialização devia ter um ritmo lento, voltada basicamente para a produção de bens de consumo, e a coletivização no campo devia conviver com fazendas mercantis particulares, cuja produção podia ser livremente comercializada depois de descontados os impostos.

Para outra corrente de dirigentes, a industrialização básica (com a implantação de indústrias de bens de produção) era a prioridade principal, à qual deviam subordinar-se as demais atividades econômicas. Paralelamente, a burguesia rural devia ser suprimida, e a introdução de fazendas coletivas devia ser acelerada.

O primeiro plano quinquenal foi adotado em 1926. Mas o debate liberdade de mercado versus planificações centralizada só tornou-se intenso a partir do segundo plano quinquenal, baseado na exigência de industrialização acelerada.

Muito rico, esse debate econômico é esclarecedor dos rumos que, nos anos seguintes, a sociedade soviética trilhou.
(textos: 1, 17, 18, 19, 21, 24b, 24f, 24j, 25, 30, 31, 33, 34, 60, 61, 119, 124, 125, 126 e 142).

8. O debate econômico da construção do socialismo

Outros temas aparecem no debate econômico entre os comunistas, além daqueles citados nos itens 6 e 7 (NEP, industrialização e coletivização do campo).

As possibilidades de sobrevivência do capitalismo, a crise de 1929, a necessidade de aumento da produtividade do trabalho (e, em consequência, a avaliação positiva do taylorismo), a natureza da lei do valor sob o socialismo, a permanência de relações mercantis na transição do capitalismo para o comunismo, a planificação da economia foram algumas das questões que aprofundaram o debate econômico.
(textos: 4, 5, 15, 18, 19, 20, 21, 24b, 24f, 24j, 24l, 25, 30, 34, 46, 108, 124, 126, 134).

9. A organização do trabalho e os sindicatos

Qual o papel numa sociedade que constrói o socialismo? Para os bolcheviques, essa foi uma questão importante.

Alguns propuseram pura e simplesmente a militarização dos sindicatos e das fábricas; outros queriam a plena autonomia dos sindicatos e o controle operário das fábricas.

A introdução de incentivos materiais, de pagamento por produção, o sthakanovismo e o taylorismo (isto é, a mais desenvolvida forma de divisão do trabalho sob o capitalismo) causaram grandes debates.
(textos: 22, 23, 24l, 26, 45, 60, 85, 130)

10. O Trotskismo e a oposição de “esquerda”

A posição de esquerda, que esboçou-se nos anos 1920, opôs-se à subordinação dos sovietes ao Estado e ao Partido.

Manifestou-se em alguns episódios dramáticos, como a revolta dos marinheiros em Kronstadt. Enfatizavam a necessidade do controle operário, da autonomia da organização popular e a iniciativa das massas (alguns, mais radicais, eram “basistas” radicais, para quem as estruturas partidárias nada valiam ante a iniciativa das massas).

Mas foi em Leon Trotsky, um dos principais dirigentes da Revolução de 1917, que a oposição ao governo soviético encontrou o líder reconhecido, com grande capacidade teórica e organizativa, e que por mais tempo esteve à sua frente.

Essa atividade encontrou apoio não só em remanescentes da oposição de “esquerda”, mas também em libertários e anarquistas europeus, e em revolucionários que se chocavam com o autoritarismo do governo soviético com aquilo que chamavam “burocratização” do primeiro Estado operário.
(textos: 10, 22, 23, 24l, 24m, 26, 37, 45, 57, 76, 80, 85, 124, 130, 138, 139, 140, 141, 142, 146).

11. Stalin e o Stalinismo

Dirigente da facção vitoriosa na luta pelo legado de Lênin, Stalin foi – como reconhecem mesmo seus adversários – o mais fiel aplicador do programa de desenvolvimento socialista definido pelo fundador do Estado soviético. Responsável pela consolidação do socialismo, não vacilou ante decisões muitas vezes duras e implacáveis. O próprio Lênin se referiu a ele, em sua “Carta ao Congresso” (24-12-1922), pedindo para o cargo de Secretário-Geral alguém que fosse “mais tolerante, mais leal, mais correto, mais atento com os camaradas, menos caprichoso etc” que Stalin.

De qualquer modo, Stalin dirigiu a URSS no período dramático, da industrialização acelerada, da coletivização do campo, e da pior guerra jamais enfrentada por algum povo, a invasão nazista de 1941 a 1945. Nesse período, conduziu o esforço vitorioso que superou esses obstáculos.
Figura central da avaliação para a experiência soviética, a análise de seu desempenho deve ser desapaixonada, contra ou a favor.
(textos: 1, 2, 20, 21, 24m, 25, 29, 30, 31, 33, 36, 40, 47, 72, 78, 80, 88, 90, 91, 95, 98, 99, 106, 107, 116, 125, 126, 127, 128, 135, 136, 141).

12. Os processos de Moscou e o terror

O grande expurgo no Partido e no Estado, ocorrido nos anos 1930 – nos famosos “processos de Moscou” – afastou muitos antigos revolucionários, e em alguns casos chegou mesmo à sua eliminação física.

Controversos, esses processos têm defensores e opositores apaixonados. O depoimento do embaixador norte-americano, Joseph Davis (que assistiu a eles) é, entretanto, favorável à direção bolchevique. De qualquer forma, esses processos romperam com uma antiga tradição bolchevique, que vinha do tempo de Lênin: jamais usar a pena de morte para resolver dissenções partidárias.
(textos: 1, 16, 20, 21, 30, 31, 33, 101, 118).

13. Estado e Democracia

A questão da democracia é um dos temas mais tradicionais entre os comunistas. Sua discussão vem dos tempos de Marx e Engels. A tomada do poder pelos bolcheviques e o início da construção de um Estado operário têm colocado, porém, esta questão em outro patamar.

Algumas medidas provisórias do governo soviético, como a proibição de partidos e jornais oposicionistas, a censura, e controle sobre a sociedade civil – impostas pela situação de guerra civil que o país vivia quando foram adotadas – tornaram-se dogmas intocáveis. O reforço do poder estatal, a pretexto de, assim, trabalhar para a eliminação do Estado, foi outra distorção cujas raízes estão na guerra civil.
(textos: 1, 16, 18, 20, 21, 24g, 24m, 25, 30, 31, 33, 75, 84f, 84g, 84l, 84m, 84n, 84o, 84p, 84q, 84r, 84s, 95, 101, 106, 107, 124, 134).

14. Partido e centralismo democrático

O Partido Comunista confundiu-se, gradualmente, com o Estado soviético. Com o tempo, sobrepôs-se a ele, tornando-se a instância dirigente incontestável. Elemento destacado da vanguarda da classe operária, o partido sobrepôs-se, também, à própria classe, apresentado-se como seu representante e procurador.

Quando os partidos de oposição foram proibidos e, mais tarde, quando as facções foram proibidas dentro do Partido Bolchevique, feneceu o rico debate que caracterizou aquela agremiação, e que fez sua força e aguçou seu gume revolucionário.

Uma consequência dessa mudança foi a desfiguração do centralismo democrático que, nos tempos de Lênin, era o exercício, pela direção partidária, da delegação obtida nos congressos e reuniões gerais. Essa atividade de direção democrática – e fiscalizada pelo partido – transformou-se numa caricatura, que tornou intocáveis e indiscutíveis as opiniões e decisões da direção partidária.
(textos: 1, 18, 19, 20, 21, 24g, 24m, 25, 30, 31, 57, 74, 84g, 84h, 84l, 84m, 84o, 84p, 84q, 84r, 84s, 95, 101, 106, 107, 124, 134).

15. Arte, ciência e cultura

A revolução russa de 1917 suscitou um rico florescimento artístico, cultural e científico nos anos 1920. Mais tarde, a valorização de uma arte, de uma ciência e de uma produção cultural proletárias, em contraposição à produção cultural e científica burguesa, impediu o desenvolvimento daquelas tendências.

O zdanovismo, que levava à consideração de que apenas na URSS, Estado proletário, é que poderiam surgir idéias geniais e inovadoras, foi um freio ao desenvolvimento científico e cultural. Não puderam prosperar pesquisas como as do psicólogo Lev Vygotsky, estudos de física quântica (fundamentais para a eletrônica moderna), a química de Linnus Pauling, o estudo das obras de Sigmund Freud e da psicanálise, a realização de pesquisas genéticas etc.

A transformação mecanicista da cultura em um campo de combate político teve consequências drásticas não apenas para cientistas e artistas (que foram perseguidos e impedidos de trabalhar) mas, principalmente, para a sociedade soviética que, em consequência, ficou atrasada em muitos campos do conhecimento. E, principalmente, o próprio marxismo – pensamento rico, criador e em permanente evolução – teve seu desenvolvimento severamente contido por uma compreensão acanhada e mecanicista da dialética e da luta de classes no campo da cultura, da arte e da ciência.
(textos: 27, 47, 64, 97, 121, 127, 128, 131, 132, 145, 148, 150, 151)

16. As guerras mundiais e a guerra fria

O tratado de Brest Litovsky, logo após a tomada do poder pelos bolcheviques, em 1918, foi a primeira grande controvérsia sobre as realizações do novo regime com potências estrangeiras hostis ao poder operário.

A recusa em apoiar a guerra, que uniu os bolcheviques e a esquerda revolucionária em 1914, traduziu-se agora na necessidade imperiosa de se obter mesmo uma paz injusta, mas que permitisse a tomada de fôlego e a reorganização das forças para a consolidação dos avanços obtidos.

No período entre guerras, essa mesma necessidade de paz para a reconstrução do país orientou a política exterior bolchevique, culminando no episódio controverso do pacto de não agressão com a Alemanha nazista.

Vitoriosa na Segunda Guerra Mundial – e nação a quem coube o maior custo material e humano na luta contra a agressão nazi-fascista – a URSS emergiu como uma das potências mundiais envolvidas, agora, em outra guerra, a “guerra fria” movida pelos países capitalistas e suas elites não só contra o antigo bloco socialista, mas contra os comunistas em todo o mundo.
(textos: 11, 21, 33, 35, 42, 50, 110, 111, 120, 123, 133, 135).

17. O Revisionismo

Fenômeno antigo do marxismo, cujos primeiros sinais se manifestaram no final do século passado, logo após a morte de Engels, nas teses defendidas por Eduard Bernstein, o revisionismo preconiza o abandono da vida revolucionária para a transformação social e construção do socialismo, e enfatiza a coexistência pacífica, a luta meramente eleitoral e parlamentar, e a ilusão de uma evolução gradual e indolor do capitalismo para o socialismo. Ele manifestou-se abertamente no vértice da liderança soviética principalmente após a morte de Stalin, em 1953, tendo sido adotado como política oficial não declarada desde o XX Congresso do PCUS, em 1956. Apesar disso, ele está enraizado no próprio desenvolvimento assumido pela transição para o comunismo na URSS desde os anos 1920.
Depois de 1985, com a subida de Gorbachev ao poder, a política revisionista aprofundou-se, convertendo-se em apologia do capitalismo e em uma aberta defesa de sua restauração.
(textos: 6, 7, 8, 12, 14, 28, 38, 41, 52, 53, 54, 66, 67, 68, 70, 78, 79, 91, 94, 96, 105, 136, 144).

18. O social-imperialismo

Muitos críticos da diplomacia soviética encaram a defesa do socialismo num só país e a hegemonia soviética na Internacional Comunista como sinais de política exterior de grande potência.
Embora discutível, essas críticas são reforçadas pela política soviética do final da Segunda Guerra Mundial, quando a URSS participa da Conferência de Yalta, onde as potências vitoriosas dividem o mundo em áreas de influência. Mas foi sob o domínio dos revisionistas que essa política de grande potência assumiu claramente o caráter de social-imperialismo, e a liderança soviética passou a impôr seus interesses políticos e econômicos às nações sob sua área de influência.
(textos: 44, 66, 68, 69, 70, 81, 87).

19. O debate sobre a natureza da URSS

Já nos anos 1920, nas polêmicas entre os bolcheviques, havia quem encarasse com reservas o caráter socialista da URSS; os trotskistas, por sua vez, denunciavam a “degeneração” do Estado proletário e sua “burocratização”.
Embora importante, esse debate foi secundário até os anos 1960, quando o predomínio revisionista e o social-imperialismo forçaram os estudiosos marxistas a encarar de frente a questão. Surgiram, então, as teses do socialismo real (que contrapunham o socialismo realmente existente, com suas limitações, ao sonho utópico de um sistema igualitário), do capitalismo de Estado, da restauração capitalista etc.
(textos: 18, 19, 20, 21, 31, 41, 43, 44, 104, 105, 125, 126, 137, 147).

20. Obras gerais

Além das obras gerais já referidas na Introdução a esta indicação bibliográfica, outros autores dedicaram-se ao estudo da URSS, e podem iluminar alguns aspectos importantes de sua evolução. São obras úteis não só para o estudo sistemático, mas também para consulta eventual.
(textos: 1, 18, 19, 20, 21, 24, 25, 42, 63, 66, 103, 139).

21. Memórias e biografias

A leitura direta das obras dos principais atores do drama histórico representado pela construção do socialismo no nosso século é indispensável. Essa leitura é complementada com proveito pelo estudo de suas biografias e das reminiscências daqueles que conviveram com eles. O conhecimento de suas vidas, das circunstâncias em que se envolveram na luta revolucionária, do papel que desempenharam nos momentos decisivos da história, é extremamente útil para uma avaliação mais isenta e precisa dos acontecimentos.
(textos: 30, 36, 37, 40, 42, 55, 56, 71, 72, 90, 92, 101, 143, 146).

Bibliografia

1. ACADEMIA DE CIÊNCIAS DA URSS, História da URSS: época do socialismo, 1917-1957, Grijalbo, SP, 1967.
2. AGOSTI, A. “As Correntes Constitutivas do Movimento Comunista Internacional”, in HOBSBAWN, Eric (org.). História do Marxismo, vol. VI, op. cit. 3. AGOSTI, A. “O mundo da Terceira Internacional: os Estados maiores”, in HOBSBAWN. Eric (org.). História do Marxismo, vol. VI, op. cit.
4. ALTVATER, E. “O Capitalismo se Organiza: o Debate Marxista Desde a Guerra Mundial Até a Criação de 1929”, in HOBSBAWN, Eric (org.) História do Marxismo, vol. VII, op. cit.
5. ALTVATER, E. “A crise de 1929 e o Debate Marxista sobre a Teoria da Crise”, in HOBSBAWN, Eric (org.) História do Movimento Marxista, vol. VIII, op. cit.
6. AMAZONAS, João e outros. 30 Anos de Confronto Ideológico: Marxismo e Revisionismo, Anita Garibaldi, SP, 1990.
7. AMAZONAS, João. “As Transformações Sociais na Época da Revolução e do Imperialismo (Exame Crítico da Crise do Socialismo)”, in AMAZONAS, João e outros, op. cit.
8. AMAZONAS, João. “Perestroika e Contra-Revolução Revisionista”, in AMAZONAS, João, e outros, op. cit.
9. ARENDT, Hannah. Origens do Totalitarismo, Cia. das Letras, SP, 1989.
10. ARVON, Henri. A Revolta do Kronstadt, Brasiliense, SP, 1984.
11. BAGGULEY, John. “A Guerra Mundial e a Guerra Fria”, in HOROWITZ, David (org.), op. cit.
12. BAHRO, Rudolf. A Alternativa: Para uma Crítica ao Socialismo Real. Paz e Terra, SP, 1980.
13. BERNAL, M. “Mao e a Revolução Chinesa”,in HOBSBAWN, Eric (org.), História do Marxismo, vol. XI, op. cit.
14. BERNSTEIN, Eduard. “Em favor do reformismo”, in MILLS, C. Wright, op. cit.
15. BERTELLI, Antonio Roberto (org.). A Nova Política Econômica (NEP): Capitalismo de Estado – Transição – Socialismo, Global, SP, 1987.
16. BERTIN, Claude (editor). Os Processos de Moscou, Otto Pierre Editores, RJ, 1978.
17. BETTANIN, Fábio. La Collettivizzacione delle Campagne dell’URSS (A Coletivização da Terra na URSS), Riuniti, Roma, 1978 (há edição brasileira).
18. BETTELHEIM, Charles. A Luta de Classe na União Soviética, vol. 1, Primeiro Período, 1917-1923, Paz e Terra, RJ, 1978.
19. BETTELHEIM, Charles. A Luta de Classes na União Soviética, vol. 2, Segundo Período, 1923-1930, Paz e Terra, RJ, 1983.
20. BETTELHEIN, Charles. A Luta de Classes na União Soviética, Terceiro Período – Os dominados, Publicações Europa-América, Lisboa, s/d.
21. BETTELHEIM, Charles. A Luta de Classes na União Soviética, Terceiro Período – Os dominantes, Publicações Europa-América, Lisboa, e/d.
22. BRINTON, Maurice. Os Bolcheviques e o Controle Operário, Edições Afrontamento, Porto, 1975.
23. CAMPOS, José Roberto. O que é Trotskismo, Brasiliense, SP, 1988.
24. CARR, Edward Hallett. História de la Rússia Soviética.
24a – 1. La Revolución Bolchevique (1917-1923) – La conquista y Organizaciós del Poder.
24b – El Ordem Económico.
24c – La Rusia Soviética y el Mundo.
24d – 2. El Interregno.
24e – 3. El Socialismo en uno Solo País (1924-1926).
24f – El Escenário; el Renacimiento Econômico.
24g – La Lucha en el Partido; el Orden Soviético.
24h – Las Relaciones Exteriores: 1. La Unión Soviética y el Ocidente
24i – Las Relaciones Exteriores: 2. La Unión Soviética y Oriente; la Estructura de la Comintern.
24j – 4. Las Bases de una Economia Planificada – El Orden Econômico: 1. Agricultura y Indústria.
24l – 4. Las Bases de una Economia Planificada – El Orden Econômico: 2. Trabajo, Comércio y Distribucion, Hacienda, Planificacion.
24m – 4. Las Bases de una Economia Planificada – El Orden Económico: 3. El Partido Gobernante: el Estado Soviético.
24n – 4. Las Bases de una Economia Planificada – El Orden Económico: 4. Las Relaciones Exteriores.

Os vários volumes da Obra de Carr foram editados, em espanhol, pela Alianza Editorial, Madrid, desde 1972.
25. CARR, E. H. A Revolução Russa, de Lênin a Stalin, Editora Zahar, RJ, 1969.
26. CASTORIADES, Cornélius. “O Papel da Ideologia Bolchevique no Nascimento da Burocracia”, in Experiência do Movimento Operário, Brasiliense, SP, 1983.
27. CERUTI, M. “O Materialismo Dialético e a Ciência nos anos 30”, in HOBSBAWN, Eric (org.), História do Marxismo, vol. IX, op. cit.
28. CHESTOV, V. O PCUS e o Estado na Sociedade Socialista Desenvolvida, Editorial Progresso, Moscou, 1981.
29. CLAUDIN, Fernando. A Crise do Movimento Comunista (V. 1: A Crise Internacional Comunista; V. 2: O Apogeu do Stalinismo), Global, SP, 1985-1986.
30. COHEN, Stephen. Bukharin, uma Biografia Política, 1888-1938, Paz e Terra, RJ, 1990.
31. COMITÊ CENTRAL DO PC(b) da URSS, História do Partido Comunista (bolchevique), da URSS, Povo e Cultura, Lisboa, 1974-1975.
32. DASSÚ, M. “Frente Única e Frente Popular: o VII Congresso Internacional Comunista”, in HOBSBAWN, Eric (org.), História do Marxismo, vol. V, op. cit.
33. DAVIES, Joseph. Missão em Moscou, Editorial Clavino, RJ, 1943.
34. DAVIES, R. W. “As opções Econômicas da URSS”, in HOBSBAWN, Eric (org.), História do Marxismo, vol. VII, op. cit. 35. DEUTSCHER, Isaac. “Mitos da Guerra Fria”, in HOROWITZ, David (org.), op. cit.
36. DEUTSCHER, Isaac. Stalin, uma Biografia Política, Editora Paz e Terra, RJ, 1968.
37. DEUTSCHER, Isaac. Trotsky (V. 1: O Profeta Armado; V. 2: O Profeta Desarmado; V. 3: O Profeta Banido), Paz e Terra, RJ, 1968.
38. DEUTSCHER, Isaac. “A Falência do Kruschevismo”, in DEUTSCHER, Isaac e outros, Problemas e Perspectivas do Socialismo, Zahar, RJ, 1968.
39. DIATCHENKO, Vitali. Os Primeiros Passos do Poder Soviético, Edições Avante, Lisboa, 1975.
40. DJILAS, Milovan. Conversações com Stalin, Globo, Porto Alegre, 1964.
41. DJILAS, Milovan. A Nova Classe, uma Análise do Sistema Comunista. Agir, RJ, 1964.
42. EREMBURG, Ilhia. Memórias, 1891-1953, Civilização Brasileira, RJ, 1964.
43. FERNANDES, Luiz. “O Marxismo e a Discussão Sobre a Natureza da Sociedade Soviética” in AMAZONAS, João e outros, op. cit.
44. FERNANDES, Luiz. O Outro Lado do Imperialismo: a Reintegração da Economia Soviética no Mercado Capitalista Mundial, tese de mestrado apresentada ao Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro, mimeo, RJ, 1989.
45. FIGUERES, Leo. O Trotskismo, Editorial Estampa, Lisboa, 1971.
46. FINZI, R. “Lênin, Taylor, Sthakanov: O Debate Sobre a Eficiência Econômica Após Outubro”, in HOBSBAWN, Eric (org.), História do Marxismo, vol. VII, op. cit.
47. GERRATANA, V. “Stalin, Lênin e o marxismo-leninismo”, in HOBSBAWN, Eric (org.), História do Marxismo, vol IX, op. cit.
48. GETZLER, I. “Outubro de 1917: o Debate Marxista sobre a Revolução na Rússia”, in HOBSBAWN, Eric (org.) História do Marxismo, vol. V. op. cit.
49. GETZLER, I. ”Martov e os Mencheviques Antes e Depois da Revolução”, in HOBSBAWN, Eric (org.), História do Marxismo, vol. V, op. cit.
50. GITLIN, Todd. “Contra-insurreição: Mito e Realidade na Grécia” in HOROWITZ, David (org.), op. cit.
51. GITTINGS, John. “As Origens da Política Externa da China” in HOROWITZ, David (org.), op. cit.
52. GORBACHEV, Mikhail. “Relato Sobre a Convocação do XXVII Congresso Ordinário do PCUS”, in URSS – Uma Nova Etapa, Revan, RJ, 1985.
53. GORBACHEV, Mikhail. Perestroika: Novas Idéias para Meu País e o Mundo, Best Seller, SP, 1987.
54. GORBACHEV, Mikhail. “Intervenção de Abertura do Secretário-Geral do CC do PCUS”, in Perestroika, a Renovação do Socialismo, documentos da 19ª Conferência Nacional do PCUS, 1988, Edições Novos Rumos, SP, s/d.
55. GORKI, Máximo. Lenine, Edições O Oiro do Dia, Porto, 1980.
56. GRUPPI, Luciano. O Pensamento de Lênin, Graal, RJ, 1979.
57. HÁJEK, M. “O Comunismo de Esquerda”, in HOBSBAWN, Eric (org.), História do Marxismo, vol. VI, op. cit.
58. HÁJEK, M. “A Discussão Sobre a Frente Única e a Revolução Abortada na Alemanha”, in HOBSBAWN, Eric (org.), História do Marxismo, vol. VI, op. cit.
59. HÁJEK, M. “A Bolchevização dos Partidos Comunistas”, in HOBSBAWN, Eric (org.), História do Marxismo, vol. VI, op. cit.
60. HEGEDUS, A. “A Construção do Socialismo na Rússia: o Papel dos Sindicatos, a Questão Camponesa e a ‘Nova Política Econômica’”, in HOBSBAWN, Eric (org), História do Marxismo, vol. VII, op. cit.
61. HEGEDUS, A. ”A Questão Agrária”, in HOBSBAWN, Eric (org.), História do Marxismo, vol IV, op. cit.
62. HILL, Chistopher, Lênin e a Revolução Russa, Zahar, RJ, 1963.
63. HOBSBAWN, Eric (org.), História do Marxismo (12 volumes), Paz e Terra, RJ, 1983 a 1989.
64. HOBSBAWN, Eric, “Os Intelectuais e o Antifascismo”, in HOBSBAWN, Eric (org.), História do Marxismo, vol. IX, op. cit.
65. HOROWITZ, David (org.), Revolução e Repressão, Zahar, RJ, 1969.
66. HOXHA, Enver. Los Jruchovistas – Memorias, Editora “8 Nentori”. Tirana, 1980.
67. HOXHA, Enver. “Estratégia e Tática de Kruschev em Nível Interno da União Soviética”, in AMAZONAS, João e outros, op. cit.
68. HOXHA, Enver. “O Revisionismo Contemporâneo no Poder, Nova Arma da Burguesia Contra a Revolução e o Socialismo”, in AMAZONAS, João e outros, op. cit.
69. HOXHA, Enver. “O Projeto de Império”, in AMAZONAS, João e outros, op. cit.
70. HOXHA, Enver. El Imperialismo y la Revolucion, Editora “8 Nentori”, Tirana, 1979.
71. INSTITUTO MARX-ENGELS-LENINE. Lênin, sua Vida e sua Obra, Vitória, RJ, 1945.
72. INSTITUTO MARX-ENGELS-LENINE. Stalin, Traços Biográficos, Calvino, RJ, 1946.
73. JOHNSTONE, M. “Lênin e a Revolução”, in HOBSBAWN, Eric (org.), História do Marxismo, vol. V, op. cit.
74. JOHNSTONE, M. “Um Instrumento Político de Tipo Novo: o Partido Leninista de Vanguarda”, in HOBSBAWN, Eric (org.), História do Marxismo, vol. V, op. cit.
75. KAUTSKY, Karl. A Ditadura do Proletariado, e LÊNIN, Vladimir I. A Revolução Proletária e o Renegado Kautsky, Ciências Humanas, SP, 1979.
76. KNEI-PAZ, B. “Trotsky: a Revolução Permanente e a Revolução do Atraso”, in HOBSBAWN, Eric (org.), História do Marxismo, vol. V, op. cit. 77. KOCHAN, Linel. Origens da Revolução Russa 1890-1918, Zahar, RJ, 1968.
78. KRUSCHEV, Nikita. O que é Stalinismo, Vitória, RJ, 1956.
79. KRUSCHEV, Nikita. “Discurso perante o XX Congresso, do PCUS”, 25-02-1956, in MILLS, C. Wright, op. cit.
80. LEFORT, Claude. A Invenção Democrática – Os Limites do Totalitarismo, Brasiliense, SP, 1983.
81. LÊNIN, Vladimir I. Sobre o Direito de as Nações Disporem de Si Próprias, Editorial Estampa, Lisboa, 1975.
82. LÊNIN, Vladimir I. “Os Movimentos de Libertação Nacional e a Revolução Socialista, in MILLS, C. Wright, op. cit.
83. LÊNIN, Vladimir I. O Estado e a Revolução, in Obras Escolhidas, V. 2, Alfa-Omega, SP, 1980.
84. LÊNIN, Vladimir I.:
84a – As Teses de Abril
84b – Cartas de Longe
84c – Cartas Sobre Tática
84d – As Tarefas do Proletariado em Nossa Revolução
84e – A Catástrofe que nos Ameaça e Como Lutar Contra Ela
84f – As Tarefas Imediatas do Governo Soviético
84g – As Eleições à Constituinte e a Ditadura do Proletariado
84h – A Crise do Partido
84i – O Esquerdismo, Doença Infantil do Comunismo
84j – À População
84l – Sobre a Democracia e a Ditadura
84m – Que é poder soviético
84n – Contribuição ao Problema da Ditadura
84o – Carta ao Congresso
84p – Páginas do Diário
84q – Sobre a Cooperação
84r – Como deve ser Organizada a Inspeção Operária e Camponesa
84s – Mais Vale Pouco e Bom
84t – Sobre o Imposto em Espécie

Existem várias edições destas obras, individualmente ou em coletâneas
85. LÊNIN, Vladimir I. Sobre os Sindicatos, Polis, SP, 1979.
86. LÊNIN, Vladimir I. “Europa Atrasada e Ásia Adiantada”, in MILLS, C. Wright, op. cit.
87. LEVESQUE, Jacques. O Conflito Sino-Soviético, Estudios Cor, Lisboa, 1974.
88. LEWIN, M. “Para uma Conceituação do Stalinismo”, in HOBSBAWN, Eric (org.), História do Marxismo, vol. VII, op. cit.
89. LIEBICH, A. “Os Mencheviques Diante da Construção da URSS”, in HOBSBAWN, Eric (org.) História do Marxismo vol. VII, op. cit.
90. LUDWIG, Emil. Stalin, Calvino, RJ, 1943.
91. LUKÁCS, George. “Carta Sobre o Stalinismo” in KONDER, Leandro. Lukács (antologia), LPM, Porto Alegre, 1980 (contém trecho da “Carta”). Também: Revista Civilização Brasileira, Caderno Especial n.1, novembro de 1967.
92. LUXEMBURGO, Rosa. Textos Escolhidos, seleção de textos, introdução e notas de Gilvert Badia, Estampa, Lisboa, 1977.
93. LUXEMBURGO, Rosa. “A Revolução Russa”, in Vários autores, Rosa, a Vermelha, op. cit.
94. LUXEMBURGO, Rosa. “Reforma Social ou Revolução, in LUXEMBURGO, Rosa, Textos Escolhidos, op. cit.
95. MACNEAL, R. “As Instituições da Rússia de Stalin”, in HOBSBAWN, Eric (org.) História do Marxismo Vol. VII, op. cit.
96. MANDEL, Ernest. Além da Perestroika – a Era Gorbachev e o Despertar do Povo Soviético (2 vol.), Busca Vida, SP, 1989.
97. MARCUSE, Herbert. Marxismo Soviético – uma Análise Crítica, Saga, RJ. 1969.
98. MAREK, F. “Sobre a Estrutura Mental de Stalin”, in HOBSBAWN, Eric (org.) História do Marxismo, vol. VII, op. cit.
99. MAREK, F. “A Desagregação do Stalinismo”, in HOBSBAWN, Eric (org.) História do Marxismo, vol. X, op. cit.
100. MEDVEDEV, R. A. “O Socialismo em um Só País”, in HOBSBAWN, Eric (org.) História do Marxismo, vol. VII, op. cit.
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102. MEDVEDEV, Roy. Era Inevitável a Revolução Russa?, Civilização Brasileira, RJ, 1978.
103. MILLS, C. Wright. Os Marxistas, Zahar, RJ, 1968.
104. NAIR, K. e outros. Crítica de la Economia Política, V. 2: La Natureza de los Países del Este, Fontana, Barcelona 1977.
105. NAIR, K. “Charles Bettelheim, Subvertor de la Ciência”, in NAIR, K. e outros, op. cit.
106. NETTO, José Paulo. O que é Stalinismo, Brasilense, SP, 1988.
107. NETTO, José Paulo. Stalin (Coletânea de textos), V. 29 da Coleção Grandes Cientistas Sociais, Ática, SP.
108. NOVE, A. “Economia Soviética e Marxismo: Qual o modelo Socialista?”, in HOBSBAWN, Eric (org.), História do Marxismo, vol. VII, op. cit.
109. OPAT, J. “Do antifascismo aos ‘socialismos reais’”, in HOBSBAWN, Eric (org.) História do Marxismo, vol. X, op. cit.
110. PROCACCI, G. “A 'Luta pela Paz' no Socialismo Internacional às Vésperas da Segunda Guerra Mundial”, in HOBSBAWN, Eric (org.) História do Marxismo, vol. VI, op. cit.
111. REBERIOUX, M. “O Debate Sobre a Guerra”, in HOBSBAWN, Eric (org.), História do Marxismo, Vol. IV, op. cit. 112. REED, John. Os Dez Dias que Abalaram o Mundo, Global, SP, 1978.
113. REIMAN, M. “Os Bolcheviques Desde a Guerra Mundial até Outubro”, in HOBSBAWN, Eric. (org.), História do Marxismo, vol. V, op. cit.
114. ROVIDA, G. “A Revolução e a Guerra na Espanha”, in HOBSBAWN, Eric (org.) História do Marxismo vol. VI, op. cit.
115. SALVADORI, M. L. “A Social-Democracia Alemã e A Revolução Russa de 1905: O Debate sobre a Greve de Massas e sobre as Diferenças entre o Oriente e o Ocidente”, in HOBSBAWN, Eric (org.) História do Marxismo, Vol. III, op. cit.
116. SALVADORI, M. L. “A Crítica Marxista do Stalinismo” in HOBSBAWN, Eric (org.), História do Marxismo, Vol. VII, op. cit.
117. SCHERRER, J. “Bogdanov e Lênin: o Bolchevismo na Encruzilhada”, in HOBSBAWN, Eric (org.) História do Marxismo, vol III, op. cit.
118. SAYERS, Michael, e KAHN, Albert E. A Grande Conspiração – e a Guerra Secreta Contra a Rússia Soviética, Brasiliense, São Paulo, 1959.
119. SELEUNSKAIA, Valéria e TETIUCHEV, Vladimir. A Verdade Sobre a Coletivização na URSS, Editorial Progresso, Moscou, 1982.
120. SILVEIRA, Joel e MORAES NETO, Geneton. Hitler-Stalin o Pacto Maldito, Record, RJ, 1990.
121. SOCHOR, J. “Lukács e Korsch: a Discussão Filosófica dos anos 20”, in HOBSBAWN, Eric (org.), História do Marxismo, vol. IX, op. cit.
122. SOFRI, G. “Os Problemas da Revolução Socialista nos Países Atrasados”, in HOBSBAUWN, Eric (org.) História do Marxismo, vol. VIII, op. cit.
123. SPRIANO, P. “O Movimento Comunista Entre a Guerra e pós-Guerra: 1938-1947”, in HOBSBAWN, Eric (org.), História do Marxismo, vol. X, op. cit.
124. STALIN, Joseph. Luta Contra o Trotskismo (Informe à Sessão Plenária do CC do PC(b) da URSS, em 3 de março de 1937), Vitória, RJ, 1949.
125. STALIN, Joseph. Em Marcha para o Socialismo, Quilombos, SP, 1980.
126. STALIN, Joseph. Problemas Econômicos do Socialismo na URSS, Anita Garibaldi, SP, 1985.
127. STALIN, Joseph. Materialismo Dialético e Materialismo Histórico, Global, SP, 1978.
128. STALIN, Joseph. “Bases do Leninismo”, in MILLS, C. Wright, op. cit.
129. STRADA, V. “A Polêmica Entre os Bolcheviques e Mencheviques Sobre a Revolução de 1905”, in HOBSBAWN, Eric (org.), História do Marxismo, vol. III, op. cit.
130. STRADA, V. “Lênin e Trotsky”, in HOBSBAWN, Eric (org.) História do Marxismo, vol. V, op. cit.
131. STRADA, V. “Da Revolução Cultural ao Realismo Socialista”, in HOBSBAWN, Eric (org.) História do Marxismo, vol. IX, op. cit.
132. STRADA, V. “Do Realismo Socialista ao Zdhanovismo”, in HOBSBAWN, Eric (org.), História do Marxismo, vol. IX, op. cit.
133. TAYLOR, A. P. Origens da Segunda Guerra Mundial, Zahar, RJ, 1964.
134. TELO, M. “Bukharin: Economia e Política na Construção do Socialismo”, in HOBSBAWN, Eric (org.), História do Marxismo, vol. VII, op. cit.
135. THOMAS, Hugh. Armed Truce, The Beginnings of the Cold War, 1945-1946, Atheneum, Nova York, 1987.
136. TOGLIATTI, Palmiro. “Respostas a Nove Perguntas Sobre o Stalinismo, in MILLS, C. Wright, op. cit.
137. TILBERT, G. “A Propósito de la Naturaleza de la URSS”, in NAIR, K. e outros, op. cit.
138. TROTSKI, Leon. “Teoria da Revolução Permanente”, In MILLS, C. Wright, op. cit. 139. TROTSKI, Leon. História da Revolução Russa, Paz e Terra, RJ. 1978 (três volumes).
140. TROTSKI, Leon. Minha Vida, Ensaio Auto-Biográfico, José Olympio, RJ, 1942.
141. TROTSKI, Leon. A Revolução Traída, Global, SP, 1980.
142. TROTSKI, Leon. “Tesis Sobre la Situacion Económica de la Rússia Soviética desde el Punto de Vista de la Revolucion Socialista” (teses apresentadas ao IV Congresso da Internacional Comunista em 1º-12-1922, in NAIR, K., op. cit.
143. VÁRIOS AUTORES. Rosa, a Vermelha, Busca Vida, SP, 1988.
144. VÁRIOS AUTORES. URSS, A Caminho da Sociedade Comunista, Estampa, Lisboa, 1975.
145. VASQUEZ, Adolfo Sanches. As Idéias Estéticas de Marx, Paz e Terra, RJ, 1978.
146. WALTER, Gerard. Lênin, Ediciones Grijalbo, Barcelona, 1974.
147. WEBB, Sidney James e WEBB, Beatrice. URSS: Uma Nova Civilização, Calvino, RJ, 1945.
148. WILLET, J. “Arte e Revolução”, in HOBSBAWN, Eric (org.), História do Marxismo vol.. IX, op. cit.
149. WILLIAMS, William Appleman. “Intervenção Americana na Rússia, 1917-1920” in HOROWITZ, David (org.), op. cit.
150. ZDANOV, Andrei. Sur la Litterature, la Philosophie et la Musique, Les Editions de la Nouvelle Critique, Paris, 1950.
151. ZDANOV, Andrei. “Discurso ao Primeiro Congresso dos Escritores Soviéticos” (17-08-1934), in FREDERICO, Celso, Fundamentos Sociológicos da Educação, UFSCAR, Centro de educação e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Educação, São Carlos, 1986.
152. Revista Civilização Brasileira, Caderno Especial, n. 1 – novembro de 1967.

José Carlos Ruy é jornalista

EDIÇÃO 24, FEV/MAR/ABR, 1992, PÁGINAS 64, 65, 66, 67, 68, 69, 70, 71, 72, 73