A partir da análise do discurso dos sindicatos dos metalúrgicos de São Paulo, dos metalúrgicos de São Bernardo e Diadema, dos metroviários de São Paulo e dos motoristas e trabalhadores no ramo de transportes urbanos de São Paulo, Roseli Fígaro desenvolveu sua dissertação de mestrado apresentada na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.

O trabalho se detém em dois momentos recentes do movimento sindical: a greve geral de 14 e 15 de março de 1989 e a greve geral de 22 e 23 de maio de 1991. De acordo com Roseli, “(…) a imprensa sindical constitui modalidade de comunicação popular com um discurso próprio, diferenciado do discurso da grande imprensa. É um discurso que não mascara seu caráter de contraposição, sendo esse sua própria razão de existir. Verificamos que, embora diferenciado, o discurso da imprensa sindical nem sempre é um discurso classista (classe contra classe). Ele é um discurso que reflete as macrovisões divergentes existentes na sociedade, em relação a um projeto político para o Brasil e para o movimento sindical”.