A expressão Bric foi criada pelo economista americano Jim O’Neil, em 2001, para se referir ao grupo de países em desenvolvimento com características em comum e que, segundo projeção, apresentarão as maiores taxas de crescimento nos próximos 40 anos. Entre essas características estão a situação política estável, mão-de-obra em processo de qualificação, economia estabilizada recentemente, além de boas reservas de recursos minerais. Os níveis de produção e exportação em crescimento, o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) e a diminuição das desigualdades sociais também fazem parte das características.

De acordo com O’Neil, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve dobrar uma vez e meia até 2030. Para que a projeção se concretize, o País deverá ter um crescimento médio de 4% ano ano até 2030. Se o prognóstico estiver correto, o Brasil chegará a 2030 como a quinta maior economia mundial.

Conforme projeções de O’Neil, em 2020 a taxa real de crescimento da economia chinesa deverá girar em torno de 5% ao ano, enquanto em 2040 este número deverá cair para um patamar de 3,5%. Ainda assim, é esperado que a economia chinesa ultrapasse a americana como a maior do mundo em 2041.

Em relação à Rússia, estima-se que ela possa ser a sexta maior economia mundial em 2050. Nesse caso, as projeções apontam que já em 2018 o PIB russo ultrapassará o italiano. Em 2024, será maior que o da França, e até 2028 a Rússia ultrapassará o Reino Unido e a Alemanha. Também é esperado que em 2050 a Índia seja a terceira maior economia do planeta, ficando atrás apenas da China e dos Estados Unidos. Porém, considera-se que o país precise resolver questões como a sua deficiente infra-estrutura e a falta de mão de obra especializada em número suficiente.

Os países do Bric reuniram-se pela primeira vez em uma cúpula oficial em junho do ano passado, na Rússia. O tema central da discussão foi a crise econômica mundial, que havia começado em 2008 e o papel do dólar como moeda de reserva e a sua possível substituição.