A comunicação foi apenas um aspecto de uma intervenção bem humorada, onde o presidente valorizou a produção científica nacional e reconheceu o trabalho de instituições e pesquisadores brasileiros.

Elogiando o desempenho do ministro Sérgio Rezende na gestão do PAC da Ciência e Tecnologia, Lula afirmou que o sucesso da conferência e do desenvolvimento da C&T no país se deve ao trabalho conjunto com pesquisadores e cientistas, e defendeu a criação de um mecanismo para potencializar sua participação na destinação dos recursos do setor.

O presidente reconheceu que, apesar das muitas conquistas, ainda há muito a ser feito e disse que é preciso valorizar as produções nacionais e potencializar o investimento feito por empresas e governo. No entanto, apontou que essa tarefa se tornou menos difícil dada a ação do governo, que ouve as reivindicações do setor e acredita no investimento como base para o desenvolvimento. “Ser cientista (no Brasil) era ser teimoso. Agora, é fazer ciência em um país que tem política de ciência”, afirmou.

Lula reforçou o coro da Conferência em torno da necessidade de mais investimentos privados em C&T. Após lamentar a falta de ousadia e a baixa cultura de inovação do empresariado brasileiro, ponderou: “Mas eu não critico. Não critico porque, há apenas 10 anos, vivíamos sob uma propaganda avassaladora nos dizendo o tempo todo que o brasileiro é inferior, que ele não pode, que ele é menor. Que os nossos empresários não podem competir com os dos países ricos. Foi por isso que, logo no início do meu governo, lançamos aquela propaganda com o Ronaldinho que dizia:’Sou brasileiro e não desisto nunca’”.

Apontando a ciência como prioridade básica de um país, Lula terminou sua participação no evento lembrando que há, ainda, um compromisso a ser cumprido com os reitores das universidades federais até o fim do seu mandato: a autonomia universitária, reivindicação antiga da comunidade acadêmica.

Investimento em Pesquisas –  Durante o evento foram assinados acordos e editais de investimentos em pesquisas. Novos institutos de pesquisas foram criados, como o Instituto Nacional das Águas, o Instituto do Pantanal e o Instituto Nacional do Semi-Árido.

De Brasília,
Ana Cristina Santos