Segundo dados do MCT, em 2000 o Brasil formou 23,8 mil mestres e doutores. No ano passado, foram mais de 50 mil. O levantamento revela ainda que a quantidade de doutores titulada em instituições públicas estaduais cresceu 170% entre 1996 e 2008, enquanto que os de instituições particulares, 396%. E os das públicas federais 416%.

Esses números chamaram atenção de uma das mais importantes revistas de divulgação científica do mundo, a Nature. Na edição 465, a revista acompanhou a 4ª Conferência de Ciência Tecnologia e Inovação, em Brasília, e concluiu: “Com um governo convencido de que a ciência é parte essencial de uma economia em crescimento, os pesquisadores brasileiros nunca conheceram tempos melhores”.

A reportagem destacou os projetos de lei que o presidente Lula encaminhou ao Congresso que aumentará os recursos para o pós-doutorado e a criação de três novos centros de biodiversidade. Segundo a publicação, os investimentos públicos e privados para pesquisa pularam de R$ 21,4 bilhões em 2003 para R$ 43 bilhões em 2008.

As publicações de pesquisas brasileiras em revistas internacionais também aumentaram, passando de 14.237 em 2003 para 30.415 em 2008. “Isso é impressionante, não só no contexto da America Latina, mas em comparação com países como Rússia, índia e China”, diz a revista.

A revista, porém, chama atenção para o número baixo de invenções patenteadas pelas empresas. “Isso é fundamental para impulsionar a economia do país e proporcionar uma melhor qualidade de vida aos 193 milhões de habitantes do Brasil.”