Segundo o relatório anual conjunto da missão das Nações Unidas no Afeganistão (UNAMA) e da Comissão Independente dos Direitos do Homem afegão, apresentado em conferência de imprensa, em Dari – Pashto, cerca de 2.777 civis morreram no Afeganistão em 2010, tendo este sido o ano mais mortífero para a população civil em nove anos de guerra entre as forças oficiais e os rebeldes talibãs.

O número de mortes de civis registado em 2010 representa um aumento de 15 por cento face a 2009 e é quatro vezes superior ao dos soldados das forças internacionais mortos em combate no mesmo ano.

A responsabilidade por setenta e cinco por cento das mortes de civis é atribuída às forças anti-governamentais, enquanto 440 mortes de civis são imputados às forças pro-governamentais. A ONU aponta como causa para 171 mortes os ataques aéreos das forças internacionais e afegãs, o que equivale a 39 por cento do total das mortes de civis ligados às forças pro-governo.

Georgette Gagnon, directora de Direitos Humanos para a UNAMA, "exortou todas as partes do conflito armado – os elementos anti-governamentais, o governo do Afeganistão e as forças militares internacionais – a fazerem muito mais em 2011 para cumprir com suas responsabilidades legais para proteger os civis".

A missão das Nações Unidas no Afeganistão (UNAMA) e a Comissão Independente dos Direitos do Homem afegão emitiram um conjunto de 25 recomendações para as partes no conflito armado.

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Fonte: Esquerda.net