Logo Grabois Logo Grabois

Leia a última edição Logo Grabois

Inscreva-se para receber nossa Newsletter

    Comunicação

    MANHECENÇA CAIPIRA NO MEU PARAÍSO

    MANHECENÇA CAIPIRA NO MEU PARAÍSO       O dia nasce ao cantar do galo Dos sabiás e pintassilgos, Na amoreira rente ao quarto dos meninos Do mugido das vacas com seus bezerros, Livres do curral e da ordenha E o cocheiro chega a casa Com dois baldes de leite;  espumante Muuuuuuuuuuuuuuuhhhh,  reclama O bezerrinho, […]

    POR: Redação

    2 min de leitura

    MANHECENÇA CAIPIRA NO MEU PARAÍSO

     

     

     

    O dia nasce ao cantar do galo

    Dos sabiás e pintassilgos,

    Na amoreira rente ao quarto dos meninos

    Do mugido das vacas com seus bezerros,

    Livres do curral e da ordenha

    E o cocheiro chega a casa

    Com dois baldes de leite;  espumante

    Muuuuuuuuuuuuuuuhhhh,  reclama

    O bezerrinho, ansioso pelo leite escondido da mãe… .

    Lá no alto do morro

    Do angical enfeitado, veem-se as flores

    Do ipê amarelo, repleto de aves

    Que Anuncia o tempo de plantar

    Lá no brejo a saracura pia

    Chamando filhotes…

    Na cerca da casa, o cipó de São João, florido

    Onde os coitelo vem buscar o mel

    Que divide com a jataí

    E um bando de quero-quero fazem a fuzarca

    Dirigindo a orquestra da Natureza, que acorda bemol

    Um bando de urubus fazem círculos no trecho do eito de arroz…

    E os fogo-apagou, fazem vôos rasantes

    Com as rolinhas e tico-ticos

    Rumo ao palhal da máquina de arroz e café

    Que se beneficia, dos quais se alimentam

    Correndo os campos no mugido do gado…

    E a eguinha preta, que acabou de dar luz ao potro

    Que se apoia sobre as pernas, tremilicando…

    Escuta-se o mugir fanhoso dos bezerros

    Agora alimentados e folgazões

    Vê-se no caminho que atravessa o pântano

    As cotias e os preás, passarem em bandos

    Uma mamangaba de barriga amarela espanta

    Um carneiro, que sai dando cambalhotas

    Em meio aos cabritos; dando pinotes…

    Ouve-se o trote dos potros em reinações

    Tomo meu café com leite,

    Com bolo de fubá e queijo

    E me preparo para ir pescar

    Tambiús e lambaris no córrego

    Antes, me refresco naquelas águas

    Do córrego do Pântano

    Depois, apanho as iscas, minhocas!

    E as acomodo na lata de massa de tomate

    (Algumas, das brabas, tentam sair)

    Quarenta lambaris!, depois, volto à casa

    Não sem antes apreciar o meu próprio canto

    Meu paraíso!!!!!!!!!!!!!!

     

     Antônio Carlos Affonso dos Santos – ACAS. É natural de Cravinhos-SP. É Físico, poeta e contista. Tem textos publicados em 7 livros, sendo 4 “solos e entre eles, o Pequeno Dicionário de Caipirês e o livro infantil “A Sementinha” além de três outros publicados em antologias junto a outros escritores.

    Notícias Relacionadas