Discurso Completo de Evo Morales na Comissão AntiDrogas da ONU em 2013
Evo Morales, presidente da Bolívia, usou o pódio da Assembleia Geral da ONU para apoiar a presidenta do Brasil. Não é de hoje que a Bolívia combate contra os serviços especiais dos EUA. Desde que Morales foi eleito presidente, a CIA-EUA, a agência de inteligência militar, a Agência Controladora de Drogas, dentre outras, tentam minar a posição do presidente boliviano, não economizando esforços para criar em torno de Evo Morales uma imagem de “barão das drogas” e de “barão índio dos entorpecentes”.
Na crítica a Obama, Morales falou muito claramente. Acusou o presidente dos EUA de cinismo, sempre que fala de liberdade, justiça e paz. Na avaliação de Morales, Obama fala como se fosse patrão do mundo. Mas ninguém é patrão do mundo, e cada país é soberano, com pleno direito de defender a própria dignidade. Descreveu Obama como “criminoso” que viola deliberadamente a lei internacional e intromete-se nos assuntos internos de outros países. O presidente boliviano enfatizou que o Império conclama a lutar contra o terrorismo, mas, de fato, tem objetivos completamente diferentes – e recorre aos mais variados métodos para pressionar, perseguir e espionar. A luta contra o terrorismo não passa de pretexto ao qual os EUA recorrem para tentar estabelecer seu próprio controle sobre o fluxo do petróleo e promover seus específicos interesses geopolíticos. O presidente Morales denunciou que os EUA garantem fundos para movimentos rebeldes e de oposição, em outros países. E lembrou que, depois que o embaixador dos EUA e a agência USAID foram expulsos de seu país, a Bolívia tornou-se muito mais estável, em termos políticos.