Saiba o que diz estudo da Ernst Young/FGV para o Sebrae sobre impactos da Copa
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Apresentação
A série Brasil Sustentável, após cinco edições analíticas sobre o horizonte macroeconômico nos setores habitacional, energético, de consumo, industrial e agroindustrial, traz mais um tema estratégico à pauta de discussão, tanto por sua capacidade geradora e multiplicadora de riquezas para o País, quanto pela importância e grandiosidade do evento: Copa do Mundo 2014.
Em 30 de outubro de 2007, o Comitê Executivo da Fifa nomeou o Brasil como anfitrião da competição. Com isso, o País será o quinto a sediar duas edições da Copa do Mundo, após o México, Itália, França e Alemanha. Entretanto, o perfil do evento se alterou significativamente desde a Copa de 1950. Em 2014, teremos uma competição de grande
porte, cuja realização vai requerer extensos processos de preparação e complexas operações. Por um lado, o
Campeonato Mundial gerará reflexos e benefícios em diversos setores da economia e da sociedade, sejam
temporários ou duradouros, diretos ou indiretos. Por outro, também apresenta vários riscos, necessitando de processos de gestão eficientes no setor público e privado para que possa proporcionar plenamente esses benefícios à sociedade.
Este estudo, portanto, tem sete objetivos, além de pontos de ineditismo:
1 Apresentar estimativas dos impactos socioeconômicos da Copa do Mundo 2014 sobre o Brasil;
2 Estabelecer métricas e indicadores para a realização da primeira Copa sustentável;
3 Apontar os impactos dos investimentos nos PIBs regionais em cada cidade-sede do evento;
4 Entender os efeitos nos PIBs setoriais de mais de 30 áreas da macro e microeconomia;
5 Apresentar em detalhes os processos de gestão para o sucesso de um megaevento;
6 Delinear e avaliar os riscos e gargalos para a concretização dos impactos positivos e minimização dos impactos
negativos;
7 Mostrar oportunidades e iniciativas para potencializar e perenizar os benefícios do evento.
Este trabalho, resultado de parceria da Ernst & Young com a Fundação Getulio Vargas (FGV), busca jogar luz em um
novo ambiente que se desenha no País com a Copa do Mundo e que poderá proporcionar, com preparo adequado
do poder público e da iniciativa privada, inúmeras oportunidades de crescimento.
Os impactos socioeconômicos – fluxo de bem-estar que o evento gerará para a população brasileira – têm diversas
dimensões e serão percebidos em função de vários fatores. Dependem de que o País consiga aportar os investimentos e as ações necessárias a tempo de o evento ser realizado de forma bem-sucedida; de que aproveite os legados da Copa, transformando-os em bens perenes; e, finalmente, de que alcance esses objetivos de forma economicamente eficiente, sem dispêndios excessivos, má alocação de recursos ou custos de oportunidade.
A ideia é que o Brasil se prepare desde já para que o evento não seja de apenas alguns dias, mas de muitos anos, deixando um legado positivo para o conjunto da sociedade. Mais importante do que só corresponder às expectativas externas em relação ao Campeonato Mundial é criar um ambiente interno para que todas as obras de infraestrutura e os impactos sobre a macro e a microeconomia gerem condições melhores de vida à sociedade brasileira.
Para capturar a totalidade desses “efeitos multiplicadores”, este estudo desenvolveu um modelo de Insumo-Produto Estendido, baseado na Matriz Insumo-Produto (MIP) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O modelo representa a economia brasileira por meio de 55 atividades econômicas, 110 categorias de produtos e 10 perfis de renda/consumo da população, e permite estimar os impactos totais (diretos, indiretos e induzidos) das atividades relacionadas à Copa sobre a produção nacional, emprego, renda, consumo e arrecadação tributária.
As previsões utilizadas neste levantamento se pautaram, tanto quanto possível, por experiências comparáveis e pelo planejamento financeiro dos órgãos públicos. Os impactos foram mensurados de acordo com critérios específicos, como a diferença entre os dispêndios efetuados em cenários com e sem a Copa. Além disso, os custos
de todas as operações e aquisições foram considerados estáveis, de forma a permitir a soma entre quantias referentes a transações feitas em qualquer momento até 2014, sem a utilização de taxas de desconto
intertemporais. Não foram consideradas eventuais oscilações ou tendências do ambiente macroeconômico.
Índice
Apresentação 01
Impactos socioeconômicos 03
Economia produzirá R$ 142 bilhões adicionais
Mudanças ao longo da história 05
Fluxo de turistas turbina o consumo 06
Cidades-sede: os vários corações da Copa 07
Efeito dominó 08
Impactos socioeconômicos diretos e indiretos
Impactos diretos em números 09
As ações vitais da operação 13
O mapa dos investimentos 14
Copa sustentável 16
Responsabilidade socioambiental em jogo
Sete passos para a Copa verde 18
Microeconomia e impacto social 24
Milhares de microempresas serão beneficiadas
Riscos e condicionantes 26
Corrida de obstáculos
De que precisam as cidades-sede?
A preocupação com o legado 29
O risco da ineficiência econômica 30
Os imponderáveis fatores externos 31
Desafios e oportunidades 32
Como potencializar os efeitos positivos da Copa?
Governança e planejamento 34
Plano diretor da Copa para cada cidade-sede
Monitoramento, controle e transparência 36
Gestão de projetos com foco em análise de riscos,
controles e monitoramento
Gestão financeira 38
Recursos do BNDES relacionados à Copa
Ambiente regulatório 40
Lei Geral da Copa e as exigências dos organizadores
Infraestrutura e serviços 42
Condições para o sucesso
Capital humano 46
Copa deve contar com milhares de voluntários bilíngues
Gestão de imagem 48
Ganho de imagem pode ser maior do que o financeiro
Legado e sustentabilidade 50
Legado da Copa pode ser físico, institucional e social