Sei lá
Sei lá
vai pela sombra, firme,
o desejo desespero de voltar
antes mesmo de ir-me
antes de cometer o crime,
me transformar em outro
ou em outro transformar-me
quem sabe obra de arte,
talvez, sei lá, falso alarme,
grito caindo no poço,
neste pouco poço nada veja nem ouço,
mais mais mais
cada vez menos
poder isso, sinto, é tudo posso,
o tão pouco tudo que podemos
Paulo Leminiski – fonte: http://vita-gotasdepoesia.blogspot.com.br/