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    Comunicação

    Primeiro de Maio, poema de Adalberto Monteiro

    Nesta manhã de Primeiro de Maio, Não há por que invejar o sol.Éramos algo sem nenhuma importância coletiva, Indivíduos, nada mais. Nos transformamos num gigante coração A marchar pelas avenidas. Nossas reivindicações eram apenas pedidos, Menos do que isso, gemidos, Aguardando audiências e despachos.Agora a voz de cada um faz parte De um canto cantado […]

    POR: Cezar Xavier

    Nesta manhã de Primeiro de Maio, Não há por que invejar o sol.
    Éramos algo sem nenhuma importância coletiva,
    Indivíduos, nada mais.
    Nos transformamos num gigante coração
    A marchar pelas avenidas.
    Nossas reivindicações eram apenas pedidos,
    Menos do que isso, gemidos,
    Aguardando audiências e despachos.
    Agora a voz de cada um faz parte
    De um canto cantado por um coral de milhares.
    Não somos indivíduos nem multidão,
    Somos um povo unido.

    Adalberto Monteiro
    As delícias do amargo & uma homenagem: poemas
    Editora Anita Garibaldi – 1ª edição 2006

     

     

     

     

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