Repressão militar-policial no Brasil – o livro chamado João foi uma obra concebida e executada clandestinamente na década de 1970 na Casa de Detenção de São Paulo por um coletivo de escritores. A repressão militar-policial no Brasil procurou colocar-se como parte da resistência dos presos políticos e do povo brasileiro à ditadura instalada no País.

A obra é de autoria coletiva cujo núcleo básico de presos políticos era constituído por militantes da Ação Libertadora Nacional (ALN), ao qual se juntaram combatentes de origem no Movimento de Libertação Popular (Molipo) e na Vanguarda Popular Revolucionária (VPR): Aton Fon Filho, Carlos Lichtszejn, Celso Antunes Horta, Gilberto Luciano Beloque, Hamilton Pereira da Silva/Pedro Tierra, José Carlos Vidal, Manoel Cyrillo de Oliveira Netto, Paulo de Tarso Vannuchi, Reinaldo Morano Filho.

O longo ensaio de 267 páginas, sob o pseudônimo de João, viveu quatro décadas na clandestinidade. Agora, ao ser editado, espera contribuir com o entendimento daquele período do passado e com a construção do futuro. Sua tese central – esmiuçando o processo de “abertura lenta, gradual e segura” garantido pelo grupo hegemônico da ditadura – mostra-se consistente ainda hoje e contribui para a análise do estágio da luta de classes no Brasil e contra a criminalização dos movimentos sociais. Um livro para pesquisadores, professores e estudantes do ensino médio, de direito, sociologia, história, e militantes sociais