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    América Latina

    Golpismo e vitória no México marcam debates no Foro de São Paulo

    Com a presença de mais de 500 participantes de toda a América Latina e também da América do Norte, Europa e África, o Foro é marcado por um momento de importantes reflexões para as forças progressistas que o criaram há quase 25 anos atrás. A abertura do encontro, realizada pela secretária-executiva do FSP, Monica Valente, […]

    POR: Ana Prestes, de Havana

    Com a presença de mais de 500 participantes de toda a América Latina e também da América do Norte, Europa e África, o Foro é marcado por um momento de importantes reflexões para as forças progressistas que o criaram há quase 25 anos atrás.

    A abertura do encontro, realizada pela secretária-executiva do FSP, Monica Valente, do PT, e por Balaguer Cabrera, dirigente do Partido Comunista Cubano e seu secretário de relações internacionais, foi embalada por gritos de Lula Livre e vivas à vitória de Lopez Obrador no México.

    Nas palavras de Balaguer: “É uma decisão máxima de nosso partido, contribuir para que este novo intercâmbio das forças de esquerda do continente seja concluído com acordos práticos e com uma maior consciência coletiva sobre a necessidade de avançar na construção da mais ampla unidade continental, desde os valores integracionistas simbolizados por Simón Bolívar e José Martí no século XIX e por Fidel Castro e Hugo Chávez mais recentemente”.

    No período da tarde, da sessao do primeiro dia de Foro, a plenária escutou também as palavras da ex-presidenta Dilma Rousseff que fez a denúncia do golpe sofrido pelos brasileiros em 2016 e apresentou em que condições se encontra hoje o país. Na sequência todos assistiram a um vídeo com uma carta enviada diretamente pelo ex-presidente Lula que emocionou a todos.

    Durante esses três dias de FSP serão discutidas com especial destaque as situações de golpe em curso na Nicarágua e no Equador, mas também a resistência ativa da Venezuela, as importantes conquistas da Bolívia e do Uruguai, a proximidade das eleições em El Salvador e no Brasil e a belíssima vitória do povo mexicano nas últimas eleições.

    Ainda no dia de ontem, a Fundação Mauricio Grabois foi uma das coordenadoras do encontro de Escolas e Fundações do FSP, representada por Ana Prestes, junto com Selma Rocha, da Fundacao Perseu Abramo, Rosário Pentón, reitora da Escola de Partido Nico Lopes de Cuba e o dirigente do Departamento de América Latina do Partido Comunista Cubano, Rafael Hidalgo. O encontro que contou com uma expressiva representação dos participantes do Foro, foi uma oportunidade de produzir uma análise global da conjuntura mundial e organizar a rede de escolas e fundações que fazerm parte do FSP.

    Um dos pontos altos do encontro ocorrerá amanhá, 17 de julho, com uma homenagem ao ex-presidente Fidel Castro e um dos mais ativos construtores e participantes do Foro de São Paulo ao largo de sua história.

    As três máximas cubanas, proferidas por Marti e Fidel, e que têm marcado o encontro são:

    A melhor forma de dizer é agir.
    Resistir é tao importante quanto avançar.
    Perder uma batalha não passa da obrigação de vencer a seguinte.

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