Por Osvaldo Bertolino

Com o título “Contra os juros altos, pelo desenvolvimento”, o Observatório da Democracia, que reúne um conjunto de fundações partidárias, promoveu na noite de 31 de julho de 2023 um debate sobre as consequências da política de juros altos do Banco Central (BC). Um tema que interage com a situação do Brasil, que passa por mais uma discussão sobre as causas que levam o Comitê de Política Monetária (Copom) a manter a cavalar taxa de juros básica, a Selic.

A argumentação do BC e de seus defensores é de que é preciso domar o comportamento da inflação pela taxa de juros, segundo metas definidas arbitrariamente. Apesar de poucas alterações, essa política vem de há muito tempo e tem reanimado o debate sobre os rumos da economia brasileira. Vai ficando cada vez mais evidente que o nó dos juros, tido como o principal empecilho para a retomada da economia em bases sustentáveis, se transformou numa queda-de-braço.

O BC segue a prioridade de fazer do Estado instrumento do sistema financeiro, impedindo investimentos para o desenvolvimento nacional e criação de emprego e renda. Uma política que resulta, basicamente, em três consequências: transferência de renda do setor público para o setor financeiro, transferência de renda para os juros e brutal transferência de recursos públicos para fora do país.

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