A tarde de terça-feira (24) foi de despedida a um importante personagem das lutas democráticas travadas em Alagoas e no país. O ex-deputado federal Eduardo Bomfim morreu aos 73 anos na madrugada de segunda (23), após infarto fulminante. Ele foi sepultado no cemitério Parque das Flores, na parte alta da capital.

Amigos de décadas se revezaram nas falas de respeito e admiração a Bomfim, um político experiente. O ex-vereador Thomaz Beltrão, dirigente do PT em Alagoas, lembra que conheceu o ex-deputado quando entrou na Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

“A gente estava na luta de resistência. Ele já formado. Foi uma figura presente nos grandes momentos das lutas em Alagoas e no país. Quando a gente fala o nome do Eduardo, a gente associa a campanha da anistia, ampla e geral. Ele era presidente da Sociedade de Defesa dos Direitos Humanos e coordenou toda essa luta em torno da repatriação daqueles que foram exilados pela ditadura militar”, lembrou.

O ex-deputado e ex-vice-prefeito de Recife (PE), Luciano Siqueira, ressaltou que Bomfim deixou um legado para todos. “Uma perda muito grande do ponto de vista afetivo e do reconhecimento do trabalho do Bomfim, durante toda a juventude e até os dias atuais”, lamentou.

Eduardo Bomfim começou na política ainda na década de 1980 e foi eleito deputado estadual, federal e vereador por Maceió, já no PCdoB. Também foi secretário de Cultura de Alagoas e secretário-executivo da Coordenação Política da Presidência da República.

“Um homem de bem e do bem. Eduardo Bomfim, naquele período difícil da ditadura militar, liderou o movimento dos direitos humanos, a luta pelas Diretas Já, pela anistia, e sempre esteve à frente, sempre esteve liderando. Aquele trabalho levou ele a ser deputado estadual, deputado federal, vereador, foi deputado constituinte nota 10, mostrando que ele sempre esteve ao lado das questões sociais. É uma perda muito grande que todo alagoano vai ter com a passagem do Eduardo Bonfim. Um democrata que sempre esteve a serviço dos movimentos, dos mais necessitados, dos oprimidos”, destacou o analista político e professor Marcelo amentou.

Fonte: Gazeta de Alagoas