Morre escritor Gore Vidal, crítico do intervencionismo dos EUA
Aos 86 anos, o escritor norte-americano Gore Vidal morreu ontem (31) em decorrência de complicações de uma pneumonia. A morte de Vidal foi confirmada por Burr Steers, sobrinho dele. O escritor morreu em casa, em Hollywood. As obras de Vidal se caracterizavam pela elegância, a ousadia e o humor mordaz.
Contemporâneo de Norman Mailer e Truman Capote, Vidal deixa ensaios, peças de teatro e romances, como Lincoln e Myra Breckinridge, assim como obras que foram parar nos palcos The Best Man e The City and the Pillar – que provocou um escândalo na época, em 1948, por retratar um jovem e belo atleta homossexual.
Para críticos de literatura, Vidal era um escritor independente, que se opôs às guerras do Vietnã e do Iraque, além de crítico do ex-presidente norte-americano George W. Bush. Nascido em uma família de políticos, Vidal se manteve atento às questões políticas internas e externas.
O avô de Vidal foi o senador Thomas Pryor Gore e seu pai trabalhou para o ex-presidente Franklin Roosevelt. Mas Vidal preferiu o caminho da literatura. Aos 21 anos, lançou o romance de guerra Williwaw ainda no período em que era militar.
Vidal foi ator de cinema e televisão. Ele participou da série animada Os Simpsons e de filmes de Federico Fellini, como Roma, além de Bob Roberts, dirigido por Tim Robbins. Porém, nos últimos anos eram raras suas aparições públicas. A última exceção foi em 2009 quando recebeu o prêmio do National Book Awards, de Nova York.
Fonte: Agência Brasil