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    EUA

    Contra Trump e os sabujos, resposta do Brasil é soberania e democracia

    Com tarifas abusivas e ingerência política, Trump testa o Brasil, apoiado por bolsonaristas. É quando o vento vira: resistência popular e defesa da soberania são inadiáveis.

    POR: Walter Sorrentino

    3 min de leitura

    São Paulo (SP), 10/07/2025 – Cartaz com os rostos do presidente Donald Trump e do ex-presidente Jair Bolsonaro, acompanhado da frase “Inimigos do povo”, durante protesto por justiça tributária na Avenida Paulista. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
    São Paulo (SP), 10/07/2025 – Cartaz com os rostos do presidente Donald Trump e do ex-presidente Jair Bolsonaro, acompanhado da frase “Inimigos do povo”, durante protesto por justiça tributária na Avenida Paulista. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

    Esta é uma hora definidora da conjuntura. É quando o vento vira.

    A agressão ao Brasil feita por Trump é dura, mas a nação tem condições de responder com altivez. A carta do presidente estadunidense, defendendo mentores de golpe de Estado e impondo aumento de 50% nos impostos sobre produtos brasileiros exportados para os EUA, só pode ter uma resposta: soberania e democracia, defesa dos interesses do povo e das instituições nacionais.

    Leia mais: “Tarifa Bolsonaro” de Trump pode reorganizar Frente Ampla e fortalecer Lula em 2026

    Toda a sabujice bolsonarista será castigada. A direita brasileira — a que ainda respeita a democracia — precisa ser levada a demarcar com aqueles que a arrastam para o pântano fascista: Bolsonaro, seus filhos e ventríloquos. Eduardo Bolsonaro, que age no exterior contra os interesses do país, precisa ser levado à barra dos tribunais. Os sabujos que desfilam com bonés da campanha de Trump — que clama por “Make America Great Again” (fazer os EUA grandes de novo) — como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, se puseram ao lado dos interesses norte-americanos contra o Brasil, coisa que será gravada nas páginas mais intoleráveis da política nacional.

    Governo, Congresso e Supremo, alinhados, são chamados a pôr no devido lugar os arreganhos primários de Trump. Lula reagiu:

    “O Brasil é um país soberano, com instituições independentes, e não aceitará ser tutelado por ninguém. […] Qualquer elevação unilateral de tarifas será respondida com base na Lei de Reciprocidade Econômica.”

    Lei esta foi aprovada pelo Congresso em 2025, em tempo recorde, após o tarifaço de Trump.

    Ações institucionais à parte, em momentos como este, a mobilização da sociedade civil torna-se vital. Cabe também aos setores produtivos unirem-se ao governo contra uma tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras para os EUA que golpeia a economia, ameaça o empresariado e coloca em risco milhares de empregos.

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    Os trabalhadores e a juventude, mulheres e homens, negros e não negros, precisam se unir numa grande corrente e soldar ainda mais os setores democráticos, venham de onde vier, para dar sustentação à ação do governo.

    O povo brasileiro é cioso da nação, não aceita agressões estrangeiras, menos ainda com a truculência de Trump, nem molecagem política contra suas instituições.

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    A opinião pública brasileira já se mostra resistente às ações do presidente dos EUA. Em abril, logo após Trump anunciar tarifas contra quase todos os países, uma pesquisa Ipsos-Ipec mostrou que metade dos brasileiros ouvidos acreditava que as políticas comerciais do republicano estavam prejudicando a economia do país. Um quarto discordava — a maioria eleitores de Bolsonaro em 2022 — e os outros 25% não tinham opinião formada. Esse grupo tende a diminuir à medida que a nova investida tarifária de Trump impacta diretamente o Brasil.

    Pesquisa Ipsos-Ipec: a percepção dos brasileiros sobre o Governo do Presidente dos Estados Unidos Donald Trump, realizada entre 03 a 07 de abril de 2025. Crédito: Apresentação Ipos. Para ler a pesquisa na íntegra clique aqui

    Quando o vento vira, fica claro quem tem sangue de galinha nas veias para falar de Pátria, soberania, desenvolvimento, democracia, política externa independente. A nação precisa dar-se ao respeito.

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