Roubini, que foi um dos poucos a prever a crise financeira de 2007-2009, defende que a combinação desses diferentes factores pode travar o crescimento da economia mundial a partir de 2013 e que esta é uma de três possibilidades.

Às outras duas hipóteses avançadas pelo docente norte-americano são de um crescimento mundial “anémico mas ok” e um cenário “optimista”, no qual a expansão económica acelera.

“Já há elementos de fragilidade”, diz este economista, ao qual os analistas estão actualmente sempre muito atentos, citado pela Bloomberg.

Rubini defende que a resolução dos problemas da dívida pública e privada tem vindo a ser adiada e que tudo isto irá ter consequências “o mais tardar em 2013”.

O docente nova-iorquin avisou aliás que as autoridades precisam de reestruturar as dívidas da Grécia, Irlanda e Portugal, e que esperar demasiado tempo pode resultar num processo “mais desordenado”.

Quanto à China, Roubini considera que o país pode enfrentar uma “aterragem difícil”, dentro de dois anos. O investimento chinês já representa quase 50 por cento do produto interno bruto.

Sessenta anos de dados mostram que panoramas de sobre-investimento têm conduzido sempre a aterragens bruscas da economia, como sucedeu na ex-União Soviética nos anos 60 e 70, e no Leste Asiático nos anos 90, exemplificou o professor nova-iorquino.

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Fonte: Público