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    Colunas

    Fino sangue
    Fino sangue

    Gosto de poema que fala de ovo frito latido de cão e cheiro de queimado. Poema que com pequenos cortes vara as coisas pequenas fura a casca o odre rasga a placenta e deixa gotejar o fino sangue.  

    Dois minipoemas
    Dois minipoemas

    Pai de família cadê a vida regrada que tavaqui?   Talk-show Defeitos? Tenho sim. Muito. Sou muito humilde. E me sacrifico muito pelos outros.  

    Além dos anjos
    Além dos anjos

    Desce o rio cheio de anjos na água turva do sangue coagulado Rostos e asas passam pelas casas rumo ao mar de Arcanjos meus ancestrais

    Mors
    Mors

    O campo atravessando, a Morte me aparece Com uma foice às mãos, a ceifar sua messe Por seus ossos entrando a luz crepuscular No ermo em que tudo parecia vacilar Ao homem que espreitava, a foice reluzia E nos

    Memórias de um desmemoriado
    Memórias de um desmemoriado

          Estou escrevendo essas mal traçadas (que expressão mais kitsch, minha gente, apesar da boa intenção de brincar com um lugar comum!) porque tive o privilégio de receber em cima da hora um exemplar do último romance de Umberto

    Nevoeiro
    Nevoeiro

    Nem rei nem lei, nem paz nem guerra, Define com perfil e ser Este fulgor baça da terra Que é Portugal a entristecer – Brilho sem luz e sem arder, Como o que o fogo-fátuo encerra. Ninguém sabe que

    Saqueando Impérios
    Saqueando Impérios

    Uma Bárbara, Fêmea descomunal Cravada no animal macho, A cavalgar e saquear impérios E profanar santuários.   As Delícias do Amargo & Uma Homenagem poemas – Adalberto Monteiro Editora Anita Garibaldi, 2006 Adalberto Monteiro, Jornalista e poeta. É da

    O Poeta Quintana
    O Poeta Quintana

          Por outro lado, sei que não me seria possível escrevê-los. Só o Quintana tem a fórmula, direi melhor, a ausência de fórmula dessas cantigas: ora soneto, ora trova, ora verso livre, ora prosa enganadora, por fora; por dentro,

    O Povo ao poder
    O Povo ao poder

    Recife, 1864   Quando nas praças s’eleva Do Povo a sublime voz… Um raio ilumina a treva O Cristo assombra o algoz… Que o gigante da calçada De pé sobre a barrica Desgrenhado, enorme, nu Em Roma é catão

    O que Passou, Passou?
    O que Passou, Passou?

    Antigamente, se morria 1907, digamos, aquilo sim é que era morrer. Morria gente todo dia, e morria com muito prazer, já que todo mundo sabia que o Juízo, afinal, viria, e todo mundo ia renascer. Morria-se praticamente de tudo.