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    Cisnes Brancos
    Cisnes Brancos

    Cisnes brancos, cisnes brancos, Porque viestes, se era tão tarde? O sol não beija mais os flancos Da montanha onde morre a tarde. O cisnes brancos, dolorida Minh’alma sente dores novas. Cheguei à terra prometida: É um deserto cheio

    A paineira
    A paineira

    Em fevereiro: É uma patriota Marcha usando uma farda verde. Em maio: É uma senhora de pudor Veste um longo de puro rosa. Entretanto, lentamente, As mãos do vento vão lhe despindo E, em junho: Desfila toda nua. E

    La virtù dell’umiltà
    La virtù dell’umiltà

          Não é por esnobismo que estou escrevendo esse título em italiano (cuja tradução é óbvia: a virtude da humildade), mas apenas porque trata-se de uma expressão que gravei assim, na minha língua natal, e que nunca mais me

    O livro e a leitura hoje
    O livro e a leitura hoje

          Nosso biorritmo individual influenciado pela aceleração crescente de nossa engrenagem social, se antepõe ao processo arcaico de ler com a calma necessária para se refletir. Há muito somos contagiados pela impaciência, pela inquietação que exige uma distração cada

    A passarela
    A passarela

    Para Weidja Maciel de Andrade Novamente a passarela nos junta embaixo os carros se movem em direção à moça superdimensionada em sua arca de silicone a máscara te livra apenas da dor do outro mas a cidade entra por

    Nunca nada
    Nunca nada

    “Nunca dirija um carro se estiver morto”. Jamais o desloque por ruas e estradas se não estiver dentro – aceso, dentro de si mesmo, como um incêndio. Nunca fale em tom solene e grave estando certo de que o

    A Cruz da estrada
    A Cruz da estrada

    A meu amigo E. Jary Monteiro    Se vagares um dia nos sertões, Como hei vagado – pálido, dolente, Em procura de Deus – da fé ardente Em meio das soidões… Se fores, como eu fui, lá onde a

    Desejos
    Desejos

    Belos corpos de mortos que nunca envelheceram, com lágrimas sepultos em mausoléus brilhantes, jasmim nos pés, cabeça circundada de rosas – assim são os desejos que um dia feneceram sem chegar a cumprir-se, sem conhecerem antes o prazer de

    Noveleta – nova continuação
    Noveleta – nova continuação

          Dentro do ônibus, encaracolado no fundo da poltrona, reconstituía rostos.       A velha, com seu queixo protraído, a pele curtida, os olhos de um castanho baço, líquido, caindo para o esverdeado, duros como a certeza, certos como juízes.

    Chico Buarque e as letras do Brasil
    Chico Buarque e as letras do Brasil

    Na obra do compositor, a densidade poética e o destino da literatura brasileira       No início dos anos 60, não parecia haver mais cacife em nossa vida literária para gerar um autor que evidenciasse o nervo da nação, na