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    Colunas

    Ascensão e morte de uma velha senhora
    Ascensão e morte de uma velha senhora

          Estava sempre ali. Imóvel. Sentada perto do fogão. Passaram-se os carnavais, baixavam os canaviais e ela estava sempre ali, sentada, se apequenando.       Um dia lhe deram de presente um radio de válvulas que só funcionava duas vezes

    Uma avenida de jambos
    Uma avenida de jambos

    Uma coluna de pés de jambo: Cones verdes, projéteis apontados ao azul. A primavera e o outono, a um só tempo, sob as chuvas. No chão, as flores dissolvem-se como se fossem papel machê. Um batom borra de rosa-choque os

    Quem é o sujeito?
    Quem é o sujeito?

          Forcem a marcha, cerrem as fileiras, aumentem o contingente, que o delírio precisa subir a ladeira. A vida não pode continuar assim sob o comando da miséria e seu cortejo de mutilados. Vamos, andem, que o céu reclama

    O difícil caminho para algum lugar
    O difícil caminho para algum lugar

          Desde criança aprendi que existem caminhos difíceis. No meu caso, especificamente, era o caminho da rua Santa Gertrudes. Eu morava na travessa Santa Isabel, a qual travava uma espécie de "guerra santa" do mundo infantil contra esta outra

    Nupcial
    Nupcial

    Curioso, caminho por seus passos. Manco, a cada estação penetro no paço de tua alma e amanheço. O que me move, o que me causa, impulsa a morte, repele a vida de dentro pra dentro da cortina cassa. O

    Versões
    Versões

          Abriu o guarda-roupa convicto de sua inocência. Como poderia ela imaginar que ele, homem reto, probo, a sacaneasse desta forma. Não: idéia inadmissível, essa. Pois ela, de quem esperava sempre o melhor, nunca uma injustiça, uma mágoa, caíra

    Guarde um pouco de poesia
    Guarde um pouco de poesia

          No corredor do prédio abandonado, o velho segurava a mãozinha da menina e colocava cuidadosamente os grãos de pólen amarelo na tela. A senhora na fila do banco contava os últimos instantes de vida do marido, que à

    A crítica de MARX à naturalização do histórico (final)

    Na seqüência de sua análise, MARX (1987a: 7) afirma também que os economistas separam produção e distribuição e consideram a produção “como regida por leis eternas da natureza, independentes da história, ocasião esta que serve para introduzir subrepticiamente as

    BRASIL 2004 – desafios e perspectivas
    BRASIL 2004 – desafios e perspectivas

    O ano de 2003 começou no Brasil sob o signo da esperança. Em toda a história do país, jamais ocorrera alteração tão profunda na composição do seu Governo central quanto aquela, em que um operário, fundador e dirigente de