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A Taça
Eliseo Diego28 de janeiro de 2014A Taça Já me esqueci da surpresa das flores de laranjeira na tua toalha, e as cadeiras adornadas de pobreza. Mas a porcelana espessa da taça que tu me deste, como palavra me assiste que de repente deslumbra com seu revés.E me alumbra as anos sua neve triste. Eliseo Diego […]
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Dois poemas
Ana Martins Marques24 de janeiro de 2014Dois poemas Tenho só palavras. A palavra casa. A palavra janela. Feliz daquele que tem linho, cal, madeira. Feliz daquele que tem óleo, água, piche, lã. Tenho apenas nomes verbos, proposições, pronomes. Feliz daquele que tem sal, seda, cimento, sangue. Feliz daquele que tem uma cadeira; eu tenho a palavra cadeira. Feliz daquele que tem […]
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DECISÃO
Walmir Ayala17 de dezembro de 2013DECISÃO Amarei violentamente com os olhos com unhas e dentes também com a alma (se é que consente que se ame tão gratamente!) Amarei, para de repente sumir no ar, nalguma torrente de infortúnio, tão descontente de perder a fúria fremente do amor ardente. Amarei – demoradamente com a resolução da semente […]
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