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Prosa@Poesia
O mineirinho da morte

O mineirinho da morte

      Certo promotor de justiça, sempre que não conseguia convencer os jurados, e o réu era absolvido, arrematava alertando o fulano: “Você escapou desta. Mas, não se alegre. Dizem que lá na comarca da eternidade, há outro julgamento, outros

Escravocratas

Escravocratas

Oh! trânsfugas do bem que sob o manto régio manhosos, agachados – bem como um crocodilo, viveis sensualmente à luz dum privilégio na pose bestial dum cágado tranqüilo. Eu rio-me de vós e cravo-vos as setas ardentes do olhar

Armaduras de dentro

Armaduras de dentro

1. preciso construir um forte onde debruçar o meu cansaço isso nem tudo que faço e o meu impulso para a morte. um forte de tal forma forte que concreto seja-lhe o corpo e de aço a derme que

Cidade ou cidadela?

Cidade ou cidadela?

Rios e mar formam tuas ilhas de águas salgadas águas doces os tempos idos: a paz, as pontes a negar o que exibes hoje. Cinzas de heróis em solo estranho, a dor do mundo: ei-la  em teu rosto. Se

Haicai

Haicai

primavera estação dos frutos para os olhos

O laço de fita

O laço de fita

Não sabes crianças? 'Stou louco de amores… Prendi meus afetos, formosa Pepita. Mas onde? No templo, no espaço, nas névoas?! Não rias, prendi-me Num laço de fita. Na selva sombria de tuas madeixas, Nos negros cabelos da moça bonita,

A minha Salvador

A minha Salvador

Quando cheguei em Salvador, achei a cidade bonita Mas era uma cidade comum Com capoeira, balangandãs e orixás… mas ainda apenas uma cidade Quente, cheia de pontos turísticos mas uma cidade apenas. Ocorre que a percepção de um lugar

Menor abandonado

Menor abandonado

Versos amargos para o Ano Internacional da Criança, 1979. De onde vens, criança? Que mensagem trazes de futuro? Por que tão cedo esse batismo impuro que mudou teu nome? Em que galpão, casebre, invasão, favela, ficou esquecida tua mãe?…

O bicho

O bicho

Vi ontem um bicho Na imundície do pátio Catando comida entre os detritos. Quando achava alguma coisa, Não examinava nem cheirava: Engolia com voracidade. O bicho não era um cão, Não era um gato, Não era um rato. O

RenovaĂ§Ă£o

RenovaĂ§Ă£o

Na cortiça Do tronco da palmeira Há cicatrizes de folhas Que foram, outrora, Seu pulmão e beleza.   As delícias do amargo & uma homenagem: poemas Adalberto Monteiro Editora Anita Garibaldi – edição 2005 Adalberto Monteiro, Jornalista e poeta.