SeparaĂ§Ă£o
Separada definitivamente de mim Igual essas tenebrosas denúncias de Que roubam crianças E retiram-lhes Um pulmão, o baço, um rim. As delícias do amargo & uma homenagem: poemas Adalberto Monteiro Editora Anita Garibaldi – edição 2005 Adalberto Monteiro,
Crime (financeiro) contra a humanidade
A história é conhecida, e, nos antigos tempos de uma escola que a si mesma se proclamava como perfeita educadora, era ensinada aos meninos como exemplo da modéstia e da discrição que sempre deverão acompanhar-nos quando nos sintamos
Tributo a Josué de Castro
José Apolônio de Castro morreu de tristeza como impávido expatriado Que mal fez ele ao povo ou à pátria que tanto amava? O crime de abrir os olhos do mundo à geografia da fome nordestinada? Ou a coragem camicase
As linhas da mĂ£o
De uma carta jogada em cima da mesa sai uma linha que corre pela tábua de pinho e desce por uma perna. Basta olhar bem para descobrir que a linha cotinua pelo assoalho, sobe pela parede, entra numa
ALARME FALSO
AVISEM AS FORÇAS ARMADAS! ACORDEM O PADRE E O PORTEIRO! ALERTEM AS TROPAS DE TAREFAS ESPECIAIS! MOBILIZEM OS TELEFONES FIXOS DA MÃE, DA SOGRA, DOS BOMBEIROS E DO CORONEL! DESPERTEM O MOTORISTA DA AMBULÂNCIA! DEIXEM DE SOBREAVISO A POLÍCIA
SĂ³ por hoje…
(Para aqueles que descobriram que a vida pode deixar de ser a arte de complicar a própria vida e para aqueles que ainda sofrem nas masmorras da dependência, nas proximidades da esquina. Da morte. E. M. K. J.). Passa
Eu sei, mas nĂ£o devia
Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia. A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista,
CanĂ§Ă£o ExcĂªntrica
Ando à procura de espaço para o desenho da vida. Em números me embaraço e perco sempre a medida. Se penso encontrar a saída, em vez de abrir um compasso, projeto-me num abraço e gero uma despedida. Se volto