alguma coisa
estou sem fósforos. as molas de meu sofá estouraram. roubaram minha maleta. roubaram minha tela a óleo de dois olhos rosados. meu carro quebrou. lesmas escalam as paredes de meu banheiro. meu coração está partido. mas as ações tiveram
Luciano vale um poema
um homem vale um poema quando a fraternidade é bandeira a liberdade é lastro e a luta é uma forma de dizer amor um homem vale um poema quando a igualdade é o todo a diversidade é ritmo e
Otelo, o Mouro de Veneza
(…) Otelo. Digníssimos, e muito Poderosos, Nobres Senhores e meus bons Patronos: que a êste ancião raptei a filha, é certo; que a tomei por espôsa, é também certo. Tôda a larga extensão da minha culpa daí não passa.
CrĂ¢nio nu
As estrelas são corpúsculos de sal E a lua é o crânio nu de um animal. O cinza das chaminés Vem da queima de meus irmãos. Enquanto tenho vida Escrevo, amo e conspiro. As delícias do amargo &
Semeador, mas sem liberdade
Vai, semeador, semear tuas sementes* Semeador, mas sem liberdade, Trabalhei da alba à escuridão; Com mão sem mancha e sem maldade Contra as rédeas da escravidão Joguei a semente da vida. Mas foi só jornada perdida, Propósito bom e
Carlos Nejar, o inquilino da poesia
Durante três dias acompanhei o poeta Gabriel Nascente e seu convidado ilustre, o escritor Carlos Nejar, da Academia Brasileira de Letras. Afaguei meu coração com a presença de Nejar, que há muito desejava conhecer. Culpo-me por certa timidez