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Prosa@Poesia
O morcego

O morcego

Meia-noite. Ao meu quarto me recolho. Meu Deus! E este morcego! E, agora, vede: Na bruta ardência orgânica da sede, Morde-me a goela ígneo e escaldante molho. “Vou mandar levantar outra parede…” – Digo. Ergo-me a tremer. Fecho o

Sob um manto gentil

Sob um manto gentil

Meu tudo, minha Ursa-Maior. Minha estrela que me desorientava E, assim, bem me conduzia. Nos meses de junho, Quando quase neva por aqui, Vestias uma blusa tecida Por camponesas lá do Peru. À altura dos seios, havia bordados. Docilmente,

É tarde para ser infeliz

É tarde para ser infeliz

      Estava um meu amigo, que há muito eu não via, a apoiar-se na parede de um buteco. Fui passando e, ao reconhecê-lo, o cumprimentei com efusão. Ele, que esperava o filho terminar sua aula de informática, quase me

Bodas de ouro

Bodas de ouro

      É tempo de total dissolução. Não nos apegamos a nada. Aquela geladeira antiga, que conservou os alimentos de minha avó, é um trambolho guloso de energia, o melhor destino para ela é o lixo. A casa onde nasci

Acrobata da dor

Acrobata da dor

Gargalha, ri, num riso de tormenta, como um palhaço, que desengonçado, nervoso, ri, num riso absurdo, inflado de uma ironia e de uma dor violenta. Da gargalhada atroz, sanguinolenta, agita os guizos, e convulsionado Salta, gavroche, salta clown, varado

Os dias que nĂ£o doem

Os dias que nĂ£o doem

      Não há mais como nomear as quartas-feiras no Sarau da Cooperifa, nem contá-las em versos ou prosa, por exemplo: a noite de ontem foi simplesmente inenarrável. Mágica. Sem truques. Uma daquelas noites em que a gente se lembra

Noturno de carnaval

Noturno de carnaval

eu pierrô lunar fraco sem fraque caminho semi-nu indeciso o corpo malhado molhado de cerol (nas vértebras desejos de decapitação juras e juros derramando-se por nada, por ninguém) talvez alguma poesia você cratera sem mar muda mundana cidade que