Cavalgando ao Oriente
Uma palavra, desenterrada para Knut Hamsun: sovada no trilho de sangue que corre da AmĂ©rica, onde abastecido a sol o teto do trem assava-lhe a desnutriĂ§Ă£o atĂ© que nĂ£o: com tanta distĂ¢ncia a ser escavada pelo que
A arte
Sim, a obra sai mais belado árduo trabalho adverso, seja elamármore, esmalte ou verso. A afetação recusa! Para andares direito, ó Musa, calça um coturno estreito. Foge ao ritmo usado que, de tão
Poema do Ferro e do Sangue
Esqueceram os campos revolvidos onde vegetam perdidos os ossos obscuros calcinados de dez milhões de mortos. Esqueceram as cruzes improvisadas erguendo para o alto preces de galhos retorcidos. E esqueceram o rumor das granadas revolvendo a terra
E por falar em VinĂcius…
O lamento de um coraĂ§Ă£o abandonado, Lembrando coisas de recente passado, A nostalgia que no peito impera, É a mesma que a alma dilacera. Amor que se descobre sĂ³ na vĂ©spera, Amor com sabor de linda nĂªspera, Amor recente,
Poema para Aylan Kurdi
Se soubesse nadar, Talvez tivesse chegado Ă praia, Com vida, mas ele tinha apenas 3 anos. Minutos antes do naufrĂ¡gio, A mĂ£e o apertara contra os seios, Mesmo pequenino pressentia a grande desgraça, Fechou os olhinhos e teve uma
MartĂ
Ah! nĂ£o pensei que sua voz Ă© um suspiro! Que Ăªle tem mĂ£os de sombra, nem que Ă© o seu olhar lenta gĂ´ta lunar tremendo de frio sobre uma rosa. Sua voz abre a pedra, e suas mĂ£os
Elegia a Jacques Roumain
Roumain (Ă direita) com GuillĂ©n no HaĂ¯ti (6 a 12 de agosto de 2008) (Escrito no Brasil, na casa Portinari / Cosme Velho, 103/Rio) Grave a voz lhe fluĂa. Triste e severo, embora aço e lua por fora.
Um poema de amor
NĂ£o sei. Ignoro-o. NĂ£o sei bem, nĂ£o sei, quanto tempo andei sem encontra-la novamente. Talvez um sĂ©culo? Quem sabe. Talvez um pouco menos: noventa e nove anos. Ou um mĂªs? Podia ser. De qualquer forma, um tempo enorme,