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Bandeira do céu e da terra

Bandeira do céu e da terra

A maneira mais fácil de definir o poeta pernambucano Manoel Bandeira é valer-se de seus próprios versos. Um deles, em especial,que está em “Não sei dançar”, parece dar conta do fenômeno que ele representa para as letras modernistas: Bandeira

As Palavras

As Palavras

As palavras se reanimam recusam a base mas propícia, o papel de Fabriano, a tinta nanquim, a pasta de couro ou de veludo que as guarde em segredo.   as palavras quando se despertam se ajeitam no verso das faturas,

Soneto

Soneto

Aquela fera humana que enriquece sua presuntuosa tirania destas minhas entranhas, onde cria Amor um mal que falta quando cresce; Se nela o Céu mostrou (como parece) quanto mostrar ao mundo pretendia, porque de minha vida se injuria? Porque

Os médicos e as artes

Os médicos e as artes

      Milão, primavera de 1944. Costumeira reunião de amigos, artistas, colegas de meu pai, e pessoal do teatro lírico, cantores e músicos parceiros de minha mãe e mais alguns agregados, inclusive o nosso médico de família (naquele tempo ainda

Carteira de Identidade

Carteira de Identidade

Registra-me sou árabe o número de minha identidade é cinqüenta mil tenho oito filhos e o nono… virá logo depois do verão vais te irritar por acaso? Registra-me sou árabe trabalho com meus companheiro de luta em uma pedreira

Abraço de tamanduĂ¡

Abraço de tamanduĂ¡

Passarim cagou no pé do bacuri. Na merdinha do bichim Tinha semente de gameleira. No começo era até amor bonito, Os braços da segunda em volta da primeira. Mas depois todo mundo viu Que se tratava de falsidade. Quando

A Berlim

A Berlim

Vós os vereis surgir da aurora mansa Firmes na marcha e uníssonos no brado Os heróicos demônios da vingança Que vos perseguem desde Stalingrado. As mãos queimadas do fuzil candente As vestes podres de granizo e lama Vós os

Buena Dicha GeogrĂ¡fica

Buena Dicha GeogrĂ¡fica

– Vem cá Brasil. Deixe eu ler a sua mão, menino. Ponha agora um tostão pra buena – dicha. Repare esse traço forte que você tem na mão, menino. É a linha da vida. Você tem o Amazonas. Nunca

Palavras tardias

Palavras tardias

      Tarde (Cia das Letras, 2007) é, sem dúvida, um livro superior à maioria dos lançamentos de poesia contemporânea deste ano. Ele reúne a mais recente produção do respeitado professor, tradutor e poeta carioca Paulo Henriques Britto. Com Macau