Cantigas de acordar mulher (7)
Se te chamarem flor, toma cuidado: vê se não é gente que te quer por numa redoma – lindo objeto – a vegetar alheia a tempo e lugar! Se te chamarem flor, acorda e toma cuidado: olhe que te
Se te chamarem flor, toma cuidado: vê se não é gente que te quer por numa redoma – lindo objeto – a vegetar alheia a tempo e lugar! Se te chamarem flor, acorda e toma cuidado: olhe que te
Bom é sorrires, olhar em mim: não vês o inimigo, o rival jamais. Na caça, não serás a presa; não serás, no jogo, a prenda. Partilharemos, sem meias medidas, a espera, o arroubo, o gesto, o salto, o pouso
Quantas vezes te esperei na estação no frio, na neblina. Andava de um lado para outro com minha tossezinha, comprando jornais inomináveis, fumando Giuba depois suprimido pelo ministro dos tabacos, o idiota! Quem sabe um trem errado, ou desdobrado
(Lavoura de ossos) Nos anos de chumbo passou como um raio pelo bico do papagaio a peste da morte. Em Xambioá luta não há: os deserdados da sorte continuam ao deus dará. O medo cresce de outro jeito
I Não sei se ainda dormia e se sonhava… Mas era uma visão, uma doçura Que vinha de nascer da noite escura E de ouro de carmim se revelava. Não sei… Mas era um canto, uma voz pura Que
Pareciam três homens numa mesa de bar. Eram, no entanto, crianças. Sim, porque não entendiam nada da vida, deslumbravam-se com pequenas descobertas e despencavam às primeiras desilusões. E ontem era dia de ir ao chão, rastejar rente ao
deu uma quina no olhar dela era pôr de domingo – por mim? Marilene viu-se só – aqui nem 11/09 tem. restos de comida no sofá rugas de programas de tevê que giraram o dia todo como vitrola de
Estava longe, sumido no mundo. Saíra de casa tinha uns dez anos, dizendo que ia buscar a sorte onde gostassem dele. Ali, naquele lugar, onde nascera e roubara a primeira carambola; onde comera a primeira mulher-dama; onde pugnara