Louvor ao café
Faz frio. Se não bastasse a carne, a alma está gélida. O ânimo arrefece e os olhos recusam o sol. Vou à cozinha e preparo um café. Esfumaçante, gole a gole, num ritual sagrado ele adentra o corpo. O
Faz frio. Se não bastasse a carne, a alma está gélida. O ânimo arrefece e os olhos recusam o sol. Vou à cozinha e preparo um café. Esfumaçante, gole a gole, num ritual sagrado ele adentra o corpo. O
Eu não vou parar nas páginas policiais. Eu não sou um direitista neoliberal. Diariamente eu vejo homens e mulheres trabalhadores no impasse irregular de seus subempregos. Diariamente eu vejo nas ruas a sangria nas expressões
a floresta (dentro da sala) espia o homem que se apóia na caneta nomes números nódoas as velhas esperam o ventilador gira o café esfria o bigode do funcionário – papel poeira pesares- –
Era uma vez um príncipe que não era príncipe era um sonho Ele e seu sonho e a princesa lutaram contra tudo e perderam para todos Pediram auxílio dos deuzes mas estes nem ligaram eram bonitos, eram belos e
Mas quem é o partido? Ele fica sentado em uma casa com telefones? Seus pensamentos são secretos, suas decisões desconhecidas? Quem é ele? Nós somos ele. Você, eu, vocês – nós todos. Ele veste sua roupa, camarada, e
Ele era muito jovem e tinha uma plantinha de estimação. Era só isso que eu podia ver, daqui do outro prédio. Sempre que ficava até tarde no computador, assistia ele, assim meio descabelado, regar demoradamente o vaso que,
(A poesia brasileira mais pobre e mais triste) Um registro apenas, no meu retorno a esse Prosa @ Poesia. Um registro breve, porque breve é a dor, e a morte de um poeta sempre é um fardo
1 No fundo dos vales escuros morrem os famintos. Mas você lhes mostra o pão e os deixa morrer. Mas você reina eterno e invisível Radiante e cruel, sobre o plano infinito. 2 Deixou os jovens morrerem, e os
Canção Ao jornalista Assis Chateaubriand Oh, que saudade do luar da minha terra, lá na serra, branquejando fôlhas secas pelo chão! Este luar, cá da cidade, tão escuro, não tem aquela saudade do luar lá no sertão. Não há,
No tempo das caravelas, Cabral montava ondas para parir continentes. Expandiu a fé e o império, e fez os inimigos primevos do capital que ainda fedia a cueiros. Nunca soube dos tormentos e dos progressos que criou, ou