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Prosa@Poesia
O PavĂ£o Invejoso

O PavĂ£o Invejoso

À deusa Juno, o Pavão foi se queixar, certa vez, dizendo que quem o fez não o fez com perfeição. – Tenho uma voz horrorosa. Tanto assim que, quando canto, todos os bichos, de espanto, se escafedem em polvorosa.

Seu AbrĂ£o

Seu AbrĂ£o

      Hoje é dia de encolher.       Assim pensou seu Abrão, filho de dona Sara com seu Messias.       Dito isso lá nos resconsos da cabeça grande e ovalada, foi encurtando, amiudando, até olho nu ou vestido nenhum poder

MemĂ³rias de Garibaldi

MemĂ³rias de Garibaldi

33. Anita       O que motivara minha partida para São Simão fora o projeto – infrutuoso – de comandar a construção de alguns escaleres, feitos de um único tronco de árvore, com o auxílio dos quais eu pretendia abrir

Veneno num copo de tempo

Veneno num copo de tempo

      Não obrigado. Não quero mais um copo de veneno. As almas despercebidas andam soltas em pleno dia de sol e não se incomodam de estarem em paletó e gravata. Eu vi vindo na esteira do tempo um aparelho

Do feuilleton Ă  telenovela

Do feuilleton Ă  telenovela

      Desprezado pelos críticos, o gênero consistia em uma literatura acessível às pessoas de poucos saberes. Tratava-se, sempre, de uma trama dramática infindável, recheada de situações e personagens paralelos, cheia de sobressaltos, publicada em capítulos nos rodapés dos jornais.

Matéria de Poesia

Matéria de Poesia

A Antônio Houaiss (1974) Todas as coisas cujos valores podem ser disputados no cuspe à distância servem para a poesia O homem que possui um pente e uma árvore serve para poesia Terreno de 10×20, sujo de mato –

O ViolĂ£o

O ViolĂ£o

Ao maestro Francisco Braga Meu violão! Se te escuto as harmonias, na atenção do silêncio, em noite bela, numa eclosão de lágrimas benditas, me levanto do leito… abro a janela. Às ternas pulsações das fibras tuas, que Ela outrora,

Perdido vĂ­cio de amar

Perdido vĂ­cio de amar

Existo em mim e todas as coisas no meu porto se restaram e fiquei central; e sem periferias sem galerias, pose, amor ou sentimento eu continuo a vida sem muito interesse como quem se cansa de uma coisa e

Trilogia

Trilogia

I Suor e Látego Látego, suor e látego O sol despertou mais cedo e achou o negro descalço. Corpo nu ensangüentado sôbre o campo. Látego, suor e látego. O vento passou gritando: – Que flor negra em cada mão! O