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Prosa@Poesia
ParticĂ­pio passado

ParticĂ­pio passado

Louvamos tanto o pretérito, As frutas dos pomares remotos Seriam sempre as mais suculentas. Tanto são louvadas as cenas Do particípio passado Que só há um juízo adequado: Ele seria mais-do-que-perfeito. Entretanto, se das tumbas do tempo Ele emerge

Feliz Ano Novo

Feliz Ano Novo

No primeiro ano deste século novo, A guerra, velha inimiga da humanidade, Cobre de cinza o céu da Terra. Mas se o solo do futuro foi ferido Por esta arcaica chaga, o grito das gerações passadas Une-se ao brado

MetĂ¡foras ao Frei

MetĂ¡foras ao Frei

Não duram muito os ventos das montanhas: logo se contaminam da perplexidade da pedra e penetram-se de mistérios sólidos que os paralisam. Estátuas de ar, cristalizam no tempo sua própria incapacidade de movimento. Ao fim, não sobra nada. Talvez

Os justos

Os justos

Inútil buscar o sono dos justos. não é um gato que geme na calçada. Verbos do Amor & Outros Versos – Adalberto Monteiro Goiânia – 1997 Adalberto Monteiro, Jornalista e poeta. É da direção nacional do PCdoB. Presidente da

Buscar

Buscar

Buscar sempre, incessantemente. Mesmo feliz, sê descontente. Verbos do Amor & Outros Versos – Adalberto Monteiro Goiânia – 1997 Adalberto Monteiro, Jornalista e poeta. É da direção nacional do PCdoB. Presidente da Fundação Maurício Grabois. Editor da Revista Princípios.

A força da cor

A força da cor

A vida não é palavra, Van Gogh provou. A vida é cor, a vida é cor. A cor diz: se há prazer ou dor, se há trevas ou se há luz, pobre dos escritores que só têm o alfabeto

Hora extraordinĂ¡ria

Hora extraordinĂ¡ria

      Gabinete, vinte e duas horas. Ruas desertas, um carro lá embaixo nos espera. Uma abelha, listras escuras sobre um fundo ocre, zune impaciente sobre a mesa.       – Ô, minha senhora, que fazes a trabalhar a essa hora?

Distrito Federal

Distrito Federal

      Pouco render, e muito sofrer: essa é a consigna de dona Fulana, vendedora de doces na Esplanada. Manhãzinha, tabuleiro na cabeça, chega, arma sua pequena barraca, aguarda freguês. Vem lá de Riacho Fundo, de ônibus, mercadejar suas coisinhas

Feriado em BrasĂ­lia

Feriado em BrasĂ­lia

      Ponto de contato entre o amanhã e o sempre, a cidade desenrola-se deserta. Recebe a distância de todos — fugitivos da rotina, arribados em demanda de campos ou outras estâncias plausíveis. Ficamos nós, estrangeiros, exilados no Planalto Central,

Lua cheia em SĂ£o Paulo

Lua cheia em SĂ£o Paulo

Para não ficar espetada nas antenas, Ganha altura com lentidão e cuidado. Vai subindo, arranhando-se toda Na epiderme áspera dos arranha-céus. As Delícias do Amargo & Uma Homenagem poemas – Adalberto Monteiro Editora Anita Garibaldi, 2006 Adalberto Monteiro, Jornalista