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Prosa@Poesia
A fragilidade do novo

A fragilidade do novo

O novo só triunfa Sob cuidados especiais. Não basta o vigor biológico Do rebento. Não basta a palmeira Lançar seu pendão em direção ao sol, Se não possui o antídoto Contra a praga que se empanturra Com a clorofila

A carta – capítulo 39

A carta – capítulo 39

      Não era chuva: tava mais para cascata. Na avenida, corria um rio. Das ladeiras, afluentes vinham engrossá-lo. Janelas lacradas por vridros, crianças assistiam dos apartamentos os espetáculo da tempestade. Debaixo das marquises, transeuntes e mendigos se apertavam contra

A carta – capítulo 37

A carta – capítulo 37

      Chega descendo o sarrafo. O primeiro a pegar porrada é Zezinho que, desperto pelo estilhaçar do vidro do Corsa em que trabalhava, posta-se diante de Argemiro em desafio. Esse, por sua vez, roda o pau com uma agilidade

Ehhh hehh carteirada!

Ehhh hehh carteirada!

      Conta-se que num dia desses numa churrascaria no Rio de Janeiro uma senhora sentindo-se ultrajada por um rapaz que fumava charuto na área de fumantes exigiu que ele apagasse o charuto. Vendo que não seria atendida, apelou para

A carta – capítulo 35

A carta – capítulo 35

      – Quando é que saio daqui?       – Daqui uns dias, mãe. Daqui uns dias.       – Cadê Glória?       – Cuidando do pai.       – Por que não é você que faz isso?       – Não sei.

Tenores

Tenores

O sol bebe a lama dos brejos E as mamonas pipocam. Uns duzentos bois, a coices, Disputam, no imenso pasto, A sombra do último jatobá. De tão seco o ar do Planalto, Lixa e sangra a garganta, o nariz. Então, do

Amnésia

Amnésia

      Alguém que conheci e sofria de amnésia, andava sempre com uma carta no bolso. Na carta havia além da informação de que ele sofria de amnésia, o seu nome, endereço e telefone. Pareceu-me uma estratégia bastante eficaz para