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Prosa@Poesia
Uma avenida de jambos

Uma avenida de jambos

Uma coluna de pés de jambo: Cones verdes, projéteis apontados ao azul. A primavera e o outono, a um só tempo, sob as chuvas. No chão, as flores dissolvem-se como se fossem papel machê. Um batom borra de rosa-choque os

Quem Ă© o sujeito?

Quem Ă© o sujeito?

      Forcem a marcha, cerrem as fileiras, aumentem o contingente, que o delírio precisa subir a ladeira. A vida não pode continuar assim sob o comando da miséria e seu cortejo de mutilados. Vamos, andem, que o céu reclama

Nupcial

Nupcial

Curioso, caminho por seus passos. Manco, a cada estação penetro no paço de tua alma e amanheço. O que me move, o que me causa, impulsa a morte, repele a vida de dentro pra dentro da cortina cassa. O

Versões

Versões

      Abriu o guarda-roupa convicto de sua inocência. Como poderia ela imaginar que ele, homem reto, probo, a sacaneasse desta forma. Não: idéia inadmissível, essa. Pois ela, de quem esperava sempre o melhor, nunca uma injustiça, uma mágoa, caíra

Guarde um pouco de poesia

Guarde um pouco de poesia

      No corredor do prédio abandonado, o velho segurava a mãozinha da menina e colocava cuidadosamente os grãos de pólen amarelo na tela. A senhora na fila do banco contava os últimos instantes de vida do marido, que à

Poços de Caldas

Poços de Caldas

      O que é pior: errar por ignorância, ou errar por descuido?       Meu camarada Nivaldo Santana, paulista ilustre, me adverte, em mensagem enviada pela internet, que a cidade de Poços de Caldas não fica em São Paulo, como

RelĂ¢mpago

RelĂ¢mpago

      O homem, em qualquer lugar, ainda que descreia de sua condição humana, ainda é o homem. Ainda que coma do lixo enquanto relampeia a contradição sob a fachada reformada da estação da luz.militantes.

Um segundo, ao acaso…

Um segundo, ao acaso…

      “Oi e tchau” foi o que ela disse, à entrada da sala, porta entreaberta, uma mecha do cabelo liso sobre a face clara.       – Oi e tchau? – perguntei, enleando-a com os olhos.       – É que