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Prosa@Poesia
O Cobrador

O Cobrador

      Quem é que já tendo lido algum livro não teve vontade de continuar a estória ou colocar a sua versão? E Assim é que decidi utilizar o argumento de O Cobrador de Rubem Fonseca.       Está o cobrador

Autoridade

Autoridade

      Domênico tomou um porre e foi pra casa de Ambrósia, doido por uma festa. Chegando lá, deu com as ventas na porta: Ambrósia, além de mandar dizer que não estava, disse que não queria vê-lo mas nem pintado

Eu nĂ£o sei dizer nĂ£o

Eu nĂ£o sei dizer nĂ£o

      Eu sou uma destas pessoas que, no bom sentido, não sabe dizer não. Por conta disto, já me peguei em diversos lugares desagradáveis como: terreiros de umbanda, culto evangélico, rina de galo, despachos em encruzilhada com uma amiga

Guisado de conjuntura

Guisado de conjuntura

      Dona Idalina pôs os teréns pra fora e gritou:       – Iranildi! Ô, Iranildi!       – Nhóra!       – Traz a caçarola de estanho, minha filha!       Enquanto armava a trempe, chegou a menina:       – Vai cozinhar

TerrĂ­vel companheira

TerrĂ­vel companheira

Numa praça numa noite por detrás das folhagens de relance eu vi a solidão me espreitando. Tal nos filmes de terror eu andava e ela me seguia sem jamais deixar que eu enxergasse sua face. Meses depois ela jantava

Quem é Maria Graça?

Quem é Maria Graça?

      Foi numa noite destas, que não se enxerga nem um palmo a frente do nariz, que Maria Graça desapareceu. Ela saiu furtiva, sorrateira do local onde dormia, era noite sem lua e sem luz, passou a porta, cruzou

Da inutilidade e outros cantos

Da inutilidade e outros cantos

      Canto o possível e o impossível para inaugurar felicidades nos olhos de quem felicidade faz gosto e necessita. Mas a vida, asa de abelha, é difícil, fugidia. Como prender num momento todo o século que migra para o

Luta sob o poente

Luta sob o poente

      Nua, lânguida, esparramada no tapete da sala, o sol subia-lhe lento pela coxa até a púbis. Os seios respiravam leves. Os olhos, úmidos, de uma intensidade que a tudo atraía, pediam. Deitei-me de bruços sobre o tecido felpudo.