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Até logo
Vasko Popa27 de janeiro de 2011Depois da terceira ronda noturna No pátio do campo de concentração Nos dispersamos pelas celas Sabemos que de madrugada Um de nós será fuzilado Sorrimos com conjura E sussurramos um ao outro Até logo Não dizemos onde e quando Abandonamos velhos hábitos Nos entendemos muito bem Osso a Osso, tradução de Aleksandar Jovanovic – São […]
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A morte o Amor a Vida
Paul Éluard26 de janeiro de 2011Julguei que podia quebrar a profundeza a imensidade Com o meu desgosto nu sem contato sem eco Estendi-me na minha prisão de portas virgens Como um morto razoável que soube morrer Um morto cercado apenas pelo seu nada Estendi-me sobre as vagas absurdas Do veneno absorvido por amor da cinza A solidão pareceu-me mais viva […]
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Leitura de domingo
Nicolás Guillén25 de janeiro de 2011Li deitado todo um calmo domingo. Eu no meu leito tranqüilo, minha suave cabeceira, meu cobertor bem limpo, tocando pedra, lodo, sangue, carrapato, sede, urina, asma: índios calados que não entendem, soldados que não entendem, senhores teorizantes que não entendem, operários, camponeses que não entendem. Acabas de ler, ficam fixos teus olhos em que lugar […]
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